A ilha de Bali tornou-se no último domingo na primeira província da Indonésia a banir oficialmente todos os plásticos de utilização única, como os sacos, as palhinhas ou os talheres descartáveis.
A medida foi adotada em dezembro do ano passado — mas, na altura, o governo regional abriu um período de adaptação de seis meses, durante o qual os comerciantes daquela ilha indonésia deveriam procurar alternativas aos produtos de plástico para os seus negócios.
[É desta quantidade de plástico que Bali vai agora tentar livrar-se:]
A ONG “Bye Bye Plastic Bags”, que foi uma das principais impulsionadoras deste processo legislativo, revelou na última edição da sua newsletter que o diploma entrou oficialmente em vigor no dia 23 de junho.
A Indonésia é o segundo maior poluidor do mundo em termos de plásticos, apenas a seguir à China. Todos os anos, aquele país envia 200 mil toneladas de resíduos de plástico para os oceanos.
Bali, um dos destinos mais turísticos do país, sofre particularmente com este problema, com toneladas de resíduos de plástico, produzidos por milhões de turistas, a inundarem as praias da ilha.
Estima-se que na ilha de Bali apenas 25% do lixo seja recolhido através dos canais normais de tratamento de resíduos. Tudo o resto é despejado em lixeiras, nos rios e no oceano.
Além da proibição dos plásticos de utilização única, agora em vigor, a ilha está a estudar a possibilidade de implementar um imposto ambiental de 10 dólares (8,80 euros) aos turistas estrangeiros que visitam a ilha.
Só em 2017, Bali recebeu 5,7 milhões de turistas de outros países.
O dinheiro recolhido através deste imposto à chegada servirá, como noticiou em janeiro o The Jakarta Post, para financiar programas ambientais na região.