A Companhia das Letras vai publicar, no outono, o romance experimental modernista Grande sertão: veredas, do brasileiro João Guimarães Rosa. A obra, da autoria de um dos grandes nomes da literatura brasileira do século XX, é considerada uma obra essencial do modernismo no Brasil.

Publicado originalmente em 1956, o romance Grande sertão: veredas “revolucionou o cânone brasileiro e continua a despertar o interesse das novas gerações de leitores”, referiu a editora em comunicado. “Ao atribuir ao sertão mineiro a sua dimensão universal, a obra é um mergulho profundo na alma humana, capaz de retratar o amor, o sofrimento, a força, a violência e a alegria.”

Com perto de 600 páginas, o livro conta a história de Riobaldo, recorrendo a elementos do experimentalismo linguístico da primeira fase do modernismo brasileiro e do regionalismo. A edição portuguesa da obra terá uma nova capa que, segundo a Companhia de Letras, “resulta da adaptação em bordado do avesso do manto que inclui os nomes das personagens da obra”, da autoria do artista Arthur Bispo do Rosário.

João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo, no estado de Minas Gerais, em 1908. Escritor, médico e diplomata, é considerado um dos mais importantes escritores brasileiros do século XX. Durante a sua vida, ganhou importantes prémios, incluindo o Machado de Assis (1961), atribuído pela Academia Brasileira de Letras, e o Jabuti (1993). Morreu em 1967, no Rio de Janeiro.

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