O FMI reviu em alta a previsão para o saldo orçamental de Portugal em 2020, esperando um excedente de 0,1% do PIB, e manteve a previsão do défice de 0,2% este ano, apesar da injeção no Novo Banco.

“O défice orçamental deve cair em 2019, apesar da injeção de capital maior do que o esperado no Novo Banco”, lê-se no relatório da missão do FMI a Portugal ao abrigo do Artigo IV, onde a instituição mantém a sua previsão de maio, de um défice de 0,2% do PIB este ano, “uma melhoria” em comparação com o défice de 0,5% registado em 2018.

No relatório com a revisão anual sobre a economia portuguesa, a instituição adianta que “o custo acima do esperado com a injeção de capital no Novo Banco vai aumentar os compromissos de despesas em 0,4% do PIB acima do previsto para aquela finalidade”.

O FMI adianta que antecipa, contudo, que a meta do défice de 0,2% do PIB este ano, o mesmo valor previsto pelo Governo, seja alcançada, “em grande parte através de investimentos de capital mais baixos do que o previsto” e das receitas dinâmicas.

Para 2020, o FMI reviu em alta a sua estimativa de maio para o saldo orçamental no próximo ano, de um défice nulo para um excedente de 0,1% do PIB, ainda assim abaixo da previsão do Governo para 2020, de um excedente de 0,3% do PIB.

O Artigo IV do FMI prevê que sejam feitas análises às economias dos membros do Fundo, geralmente todos os anos.

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