Sirenes e luzes de emergência que se desligam em andamento, frigoríficos para medicamentos que ficam sem energia e dispositivos médicos inoperacionais — de acordo com Rui Lázaro, vice-presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), estes são apenas alguns dos problemas detetados em cinco das 20 novas ambulâncias entregues ao INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) em abril deste ano pela Iveco. Ao todo, esta segunda-feira, nove destas ambulâncias estavam paradas, sete na região Norte, uma em Lisboa e outra no Algarve, confirmou fonte do INEM ao Jornal de Notícias.
De acordo com o INEM, as cinco ambulâncias com avarias elétricas estarão já a ser reparadas pela marca. Já as viaturas que as substituem, alerta o vice-presidente do STEPH, estarão “muito desgastadas”, chegando uma delas a marcar “mais de 600 mil quilómetros”.
“Mesmo quando não são recentes, são alvo de manutenções e reparações rigorosas, periódicas e sempre que necessário, por forma a garantir a segurança dos tripulantes e dos respetivos doentes”, esclareceu o INEM sobre as ambulâncias de substituição.
Entretanto, o INEM disse que espera ter até final do mês resolvidos os problemas elétricos detetados em cinco das suas 20 ambulâncias novas e garante que a segurança no transporte dos doentes não está em causa.
Os meios que estamos a operar garantem todos os requisitos de segurança necessários para que o cidadão que é transportado seja tratado em segurança e com a qualidade necessária”, garantiu à agência Lusa Pedro Lavinha, vogal do INEM.
O responsável que explicou as novas ambulâncias, adquiridas à empresa Iveco, estavam em perfeitas condições quando foram entregues ao INEM, mas que, com a utilização intensiva, foram detetados problemas elétricos em cinco delas e foram resolvidos pela empresa.
“Neste momento, o INEM está em todas as outras ambulâncias que tem da Iveco a proceder a essa avaliação e correção, explicou o responsável do INEM, sublinhando que a perspetiva da empresa é que o problema esteja completamente solucionado até final do mês.
Pedro Lavinha garante que a segurança do doente não está em causa e que as ambulâncias que estão a ser utilizadas em substituição, de forma temporária, “estão em condições perfeitamente adequadas” para operar pois têm todas as revisões e inspeções periódicas obrigatórias.
“Efetivamente têm mais quilómetros porque não são novas e estão de reserva para estas situações, mas estarão a temporariamente apenas a substituir as que estão a ser corrigidas”, explicou, reforçando que estão “em perfeitas condições” para garantir a operacionalidade dos meios e a segurança no transporte dos doentes.