O novo presidente da CP, Nuno Freitas, pretende construir comboios em Portugal. De acordo com o Público, o plano passa por recuperar material circulante, investir em engenharia ferroviária, criar um centro tecnológico e juntar universidades e empresas para, mais tarde, construir comboios que tenham 75% de incorporação nacional.
O projeto arrancará nas oficinas de Guifões, em Matosinhos, onde vai ser retomada este ano a recuperação de comboios. Essa experiência na modernização de comboios antigos e a criação de um centro tecnológico ferroviário vão servir para avançar mais tarde com o fabrico de comboios. Chamados de Unidades Múltiplas Eléctricas, serão compostos por duas carruagens motorizadas e duas carruagens-reboque, de acordo com o Público.
CP tira cinco comboios de circulação todos os dias por falta de material e de manutenção
Nuno Freitas quer envolver universidades (Faculdade de Engenharia do Porto, Instituto Superior Técnico), entidades públicas (Infraestruturas de Portugal, Câmara de Matosinhos, Metro do Porto) entidades privadas (Mota-Engil, Efacec, Salvador Caetano, Monte Meão, Nomad Tech, Siemens, Amorim, Martifer, Sermec, Almadesign), associações (Associação de Fabricantes da Indústria Automóvel, Associação Portuguesa de Fundição) e a Plataforma Ferroviária Portuguesa, não descartando, no entanto, parcerias com entidades internacionais.
O gestor prevê que a CP precise de 200 a 250 dessas Unidades Múltiplas Eléctricas nas próximas duas décadas. Antes disso, os primeiros comboios que estão a ser comprados deverão começar a chegar em 2023.