O bailado clássico “O Quebra-Nozes” vai regressar ao palco do Teatro Camões, em Lisboa, na sexta-feira, interpretado pela Companhia Nacional de Bailado (CNB), acompanhada pela Orquestra Sinfónica Portuguesa, foi esta quarta-feira anunciado.

O célebre conto infantil que deu origem ao bailado ficará em Lisboa até 22 de dezembro, e voltará a ser dançado em Almada, no Teatro Municipal Joaquim Benite, nos dias 28 e 29 de dezembro.

Baseado no conto “O Quebra-Nozes e o Rei dos Ratos”, de E. T. A. Hoffman, o bailado relata a história de uma menina que, na noite de Natal, sonha com o Soldado Quebra-Nozes. Numa feroz batalha contra o Rei dos Ratos, o Quebra-Nozes encontra-se em grave perigo, mas Clara, a menina que vence os seus próprios medos com a ajuda dos Soldadinhos, derrota o líder dos roedores. Transformado num príncipe, o Quebra-Nozes conduz Clara pela floresta, onde assistem à dança dos Flocos de Neve, com destino ao Reino das Maravilhas, segundo o conto.

Com coreografia de Mehmet Balkan, “segundo Marius Petipa”, e música de Piotr Ilich Tchaikovski, dramaturgia de Mehmet Balkan e Olaf Zombeck, segundo E. T. A. Hoffman, a cenografia e os figurinos são de Olaf Zombeck, e o desenho de luz de Cristina Piedade.

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A interpretação musical ficará a cargo da Orquestra Sinfónica Portuguesa, com direção musical de Pedro Neves, e o coro da Academia de Amadores de Música, sob a direção do maestro Vítor Paiva.

No palco, a interpretação é dos bailarinos da CNB e dos alunos da Escola Artística de Dança do Conservatório Nacional. A coreografia original de Marius Petipa teve estreia absoluta em 18 de dezembro 1892, no Teatro Mariinsky, em S. Petersburgo, e a estreia da leitura do original, por Balkan, foi apresentada pela primeira vez pela CNB em 20 de dezembro de 2003, no Teatro Camões, em Lisboa.

Em 2018, Mehmet Balkan, diretor da CNB de 2002 a 2007, regressou à companhia para a remontagem de “O Quebra-Nozes”.

O ensaio geral solidário — que acontece na quinta-feira — é uma iniciativa da CNB iniciada em 2011 por Luís Moreira, ex-bailarino da companhia, e que tem sido realizada praticamente em todos os ensaios gerais.

Em cada espetáculo apresentado no Teatro Camões, a CNB oferece o ensaio geral a quatro instituições de solidariedade social, “proporcionando não só um momento de união entre os públicos e as causas sociais, como as condições necessárias à angariação de fundos que ajudem as instituições a alcançar os seus objetivos”, segundo uma nota de imprensa da companhia.