A Bowler nasceu da criatividade e engenho de Andrew Bowler, seu fundador, que transformava jipes até começar a produzir os seus modelos de competição, com base no Land Rover Defender. Com a morte de Bowler, em 2016, a empresa perdeu o rumo. Para evitar danos piores, o grupo Jaguar Land Rover (JLR) optou por adquirir o transformador, integrando-o na SVO, a Special Vehicles Operation, encarregue de produzir as versões mais potentes, mais luxuosas e mais radicais.

Para o responsável pela SVO, Michael van der Sande, “é excitante para a JLR assumir o controlo da Bowler, que durante os últimos 35 anos foi um exemplo de inovação e de sucesso, participando com sucesso nas mais exigentes competições mundiais”, como o Dakar. “Na SVO, aguardamos o momento de começar a trabalhar com os nossos colegas da Bowler, oferecendo aos clientes de alguns modelos da JLR um pouco da magia do reputado transformador.”

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A Bowler produziu modelos marcantes, com destaque para o Bowler Wildcat, que recorre à base do antigo Defender, animado por uma versão “soprada” por compressor volumétrico de um motor V8 a gasolina, que monta de série em algumas versões topo de gama. Mais recentemente, surpreendeu com o Nemesis, com base no Range Rover Sport, dotado de um V8 com quatro ou mais litros.

Resta aguardar pelos primeiros produtos da SVO que contam com uns pozinhos da Bowler. Como não estamos a ver como é possível usar a magia do antigo transformador de veículos para competição em modelos da Range Rover, ou até mesmo da Jaguar, deverão ser os Land Rover a beneficiar da criatividade dos seguidores de Andrew Bowler. Bom mesmo era se a SVO permitisse à Bowler alguma liberdade para conceber veículos sob encomenda, de que o nosso país poderia beneficiar para, por exemplo, ter acesso a um dos novos Defender em versão pick-up, o que permitiria ao novo SUV, o mais robusto dos Land Rover, ser proposto em Portugal por valores muito mais acessíveis, meramente por motivos fiscais.

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