O Governo abriu concurso para contratar 482 médicos que terminaram a especialidade nas áreas hospitalar, medicina geral e familiar e saúde pública, que garante a colocação de todos os recém-especialistas, anunciou este sábado o Ministério da Saúde.
O concurso de segunda época de 2019 para médicos recém-especialistas autoriza a abertura de um total de 482 postos de trabalho, dos quais 120 para médicos de família, 16 na área da saúde pública e 346 na área hospitalar.
“Vai permitir reforçar os serviços hospitalares em 346 postos de trabalho, nomeadamente em especialidades como a Medicina Interna, com 40 vagas, anestesiologia (33 vagas), pediatria (28 vagas), ginecologia-obstetrícia (21), oftalmologia (16), ortopedia (14), entre outras”, refere uma nota do gabinete da ministra da Saúde, Marta Temido.
Segundo o Ministério da Saúde, “trata-se de um número recorde de vagas para um concurso de segunda época e que garante a colocação de todos os recém-especialistas”.
“No início de 2020, o Serviço Nacional de Saúde poderá também ser reforçado com mais 120 especialistas em medicina geral e familiar, que permitirão aumentar a cobertura da população com médico de família”, refere o Ministério da Saúde.
De acordo com um despacho da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), publicado este sábado, o maior número de vagas para médicos de família foi aberto na Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo (70), seguida da ARS Norte (21), da ARS Centro (12) e da ARS do Algarve (11).
Na área de saúde pública foram identificados 16 postos de trabalho, número superior ao total de médicos que concluíram agora a especialidade com aproveitamento, pretendendo-se assim captar especialistas que, estando fora do SNS, possam ter interesse em regressar, acrescenta.
“A totalidade das vagas é superior ao número de recém-especialistas que terminaram agora o internato, medida que visa atrair e captar mais médicos especialistas para o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, disse à agência Lusa uma fonte oficial.
Este procedimento concursal considera ainda uma distribuição geográfica que pretende reduzir as carências em zonas com maior necessidade de reforço de cuidados.
Podem candidatar-se ao concurso os médicos detentores do grau de especialista na área profissional correspondente e que não detenham uma relação jurídica de emprego por tempo indeterminado com o Estado.
O aviso de abertura de procedimento concursal para médicos recém-especialistas de Medicina Geral e Familiar e de Saúde Pública foi publicado esta madrugada em Diário da República.
Já o despacho relativo ao concurso para a área hospitalar — 346 vagas disponíveis — sofreu um atraso de publicação, por constrangimentos técnicos na publicação INCM (Imprensa Nacional Casa da Moeda), e será publicado segunda-feira em Diário da República, explicou fonte oficial do Ministério da Saúde.