A internet e as redes sociais deram vida à democratização. Entrámos na era rápida onde o consumidor manda e a demanda está sempre a mudar. O desafio das marcas hoje está em saberem reinventar-se e acompanhar (e antecipar) a constante mudança de direção dos consumidores. E quando entramos nos mercados da moda e da beleza, saímos de uma era de sonhos – a das capas das revistas, das super modelos inatingíveis e das passadeiras vermelhas – e entrámos na era da vida real, das redes sociais e do street style onde a moda se quer ver na rua e não nas passerelles, a beleza é inclusiva e acessível, um sonho que todos podemos sonhar.
Em 2007, quando Valentino Garavani deixou a marca que fundou em 1959, a casa Valentino estava no seu declínio. Ainda era um nome de passadeira vermelha e adorado por uma geração de mulheres mais velhas mas entrou no novo milénio como uma marca à beira do declínio. Maria Grazia Chiuri e Pierpaolo Piccioli tomaram a direção criativa da marca em 2008 com um objetivo vincado: preservar o seu lado mais romântico e delicado mas dar-lhe a atitude que havia perdido.
E quando chegamos às fragrâncias, a filosofia por trás de cada uma das criações da perfumaria da maison Valentino é apenas uma: uma mulher tem de fazer as cabeças virar quando entra numa sala. Valentino Garavani entrou no universo da beleza em 1979 com Valentino Red mas foi em 2011 – após a transformação total da casa – que a marca se reinventou no mundo da beleza. Valentina foi um sucesso estrondoso na geração de mulheres jovens. E em 2019 volta a inovar com dois perfume representativos do fim desta década– a inclusão e a diversidade.
Antes dos perfumes, um par de sapatos que mudou tudo
Ironicamente, Giancarlo Giammetti (o parceiro de negócios de Valentino desde os anos 60), escreveu que as primeiras coleções de Chiuri e Piccioli foram um circo ridículo, longe de imaginar o impulso que iriam dar à marca.
Para a história fica o desfile de Outuno/Inverno de 2010 que captou as atenções de todas as mulheres. Com apenas um único produto – um par de sapatos com tiras em torno do torno do tornozelo e tachas de metal, os icónicos Rockstud que ainda hoje continuam a vender e a ter procura – Chiuri e Piccioli criaram uma obsessão em torno do nome Valentino. De celebridades a estrelas do street style, a marca em tempos adorada por Jaqueline Kennedy e eternamente associada a uma mulher mais velha, chegou à nova geração de líderes femininas
A história da Cinderela da moda
A Vogue chamou-lhe uma espécie de história da Cinderela – a forma como dois designers de acessórios acabaram por reinventar a casa Valentino graças à sua paixão pela arte, pela cultura romana e o seu instinto para o que as jovens gostam de usar.
Desde 2016 a solo na casa Valentino, Pierpaolo Piccioli criou uma estética de modernidade extraordinária, ao combinar a inovação com a tradição, a alta costura com a cultura de rua, abrindo as portas da marca à mulher de hoje. Como escreveu o The New York Times em Julho deste ano, “foi notável, no último dia da Semana da Moda de Paris, ouvir Pierpaolo Piccioli dedicar efetivamente a sua coleção à diversidade.” Porque a beleza é a forma como cada um de nós se vê a si próprio. “A alta costura é essencialmente sobre sermos únicos, sobre a individualidade”, disse Piccioli nos bastidores antes do desfile de Outono/Inverno de 2019.
E com a individualidade em primeiro plano, nasce Valentino Beauty
É sob esta alçada da expressão da nossa individualidade que Valentino dá o salto para um outro patamar na sua história ao procurar transmitir uma visão de uma beleza inclusiva e sem conformismos. E, indo buscar a sua inspiração à cultura romana, lança duas fragrâncias que são decididamente “born in Roma”, onde a reverência pelo passado e pala tradição se encontra com a atitude irreverente de hoje.
Estas fragrâncias são uma ode à celebração pessoal – tanto feminina como masculina – e que promove uma geração que faz o que quer mas que não esquece a sua tradição e a sua herança. São os aristopunks, a geração que tem orgulho nas suas raízes e cultura e que valoriza a diferença. Esta é a inspiração de Born in Roma Donna e Born in Roma Uomo, os dois perfumes Valentino. “Ser inclusivo enquanto se mantém uma fantasia do passado e se a transporta para os dias de hoje. A inclusividade é um dos meus valores primários e colaborar significa usar uma linguagem que inclua todos”, explica Pierpaolo Piccioli sobre o que está por trás destes dois novos perfumes.
Primeiro na moda e agora na beleza, Valentino reinventa-se constantemente e chega a uma geração que abraça a diversidade, que valoriza a personalidade, que adora as suas diferenças. A regra é não ter regras e isto parece ser o mote desta nova geração que vive com as redes sociais e que trouxe para o expoente máximo a aceitação das singularidades de todos nós.
A dar o rosto por estes perfumes estão dois jovens que representam esta individualidade que, por vezes, temos dificuldade em mostrar. Anwar Hadid dá voz a Born in Roma Uomo, um jovem que está a tentar forjar a sua própria identidade num mundo onde as suas irmãs (as modelos Bella e Gigi Hadid) têm milhões de seguidores. E Adut Akech, a modelo australiana-sudanesa e musa de Piccioli, é o rosto de Born in Roma Donna.
Fragrâncias que representam a celebração pessoal, as nossas diferenças e que impulsionam Valentino para um novo legado de marca inclusiva.
Born in Roma Donna e Born in Roma Uomo encontram-se à venda em Portugal nas perfumarias habituais com o preço de 64,60€ (Uomo, 50ml) e 88€ (Donna, 50ml).