Afinal foi tudo um erro. A equipa de cientistas Universidade Agrícola do Sul da China, que tinha avançado que o coronavírus foi transmitido de morcegos para os pangolins (e depois aos humanos), afirmou que estes resultados estão, afinal, errados, avança o La Vanguardia.

Os técnicos da universidade tinham revelado que um vírus encontrado num pangolim tinha um genoma 99% igual ao do coronavírus. Mas uma nova análise genética publicada a 20 de fevereiro pelo servidor bioRxiv mostrou que o genoma tinha apenas uma equivalência de 90% com o do novo coronavírus, o que não é suficiente para afirmar que o pangolim está na origem deste vírus.

Segundo os cientistas, os 99% referiam-se apenas a uma pequena parte do genoma, uma proteína que o vírus usa para entrar nas células que infeta. Na sequência completa do genoma do vírus do pangolim, apenas 90,3% equivale ao do coronavírus.

O La Vanguardia avança que, como os morcegos são reservatórios naturais de coronavírus, os cientistas acreditam que estes animais têm de estar na origem do vírus que causa a doença Covid-19, mas salientam que alguma outra espécie pode ter servido de ponte entre os morcegos e as pessoas para que o vírus se propagasse.

Os especialistas acreditam que o vírus foi transmitido por algum dos animais mais consumidos e comercializados em Wuhan, na China, onde começou a epidemia. De acordo com o jornal, apesar de o pangolim estar entre esses animais, os estudos da Universidade Agrícola do Sul da China não confirmam que esteja na origem deste vírus.

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