Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, foi acusado de seis crimes de violação de correspondência e um outro de acesso indevido na sequência da divulgação do conteúdo de emails do Benfica no Porto Canal. De acordo com o Correio da Manhã, também Júlio Magalhães, diretor do canal de televisão, foi acusado de três crimes de violação de correspondência, enquanto que Diogo Faria, comentador no programa onde Francisco J. Marques revelou os emails, está acusado de dois crimes.

O Benfica ainda não fez qualquer pedido de indemnização civil, ainda que tenha deduzido acusação particular contra os três arguidos, por considerar que os danos são “de tal forma elevados” que não são “quantificáveis”. A acusação a Francisco J. Marques surge na mesma semana em que o diretor de comunicação do FC Porto foi também suspenso e multado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol. Em causa estão as publicações que Francisco J. Marques fez no Twitter a 10 de janeiro, no seguimento do jogo entre o Benfica e o Desp. Aves, em que os encarnados acabaram por ganhar depois de os avenses terem inaugurado o marcador.

“O que aconteceu hoje na Luz foi perder a vergonha de vez, foi perder a decência. Não há outra maneira de o dizer. O penálti que permite ao Benfica empatar é falso como Judas, como o demonstra a ausência de repetições da transmissão da BTV”, escreveu o diretor de comunicação dos dragões, em referência à grande penalidade assinala a favor do Benfica a cerca de um quarto de hora do apito final, que acabou por originar o empate dos encarnados. O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol castigou então Francisco J. Marques com uma suspensão de três meses e uma multa de 7.650 euros.

Novamente no Twitter, o Francisco J. Marques reagiu ao castigo e falou numa “mordaça” que lhe tem sido imposta pelo Conselho de Disciplina, para além de alegar uma “violação da liberdade de expressão”.

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