O encontro tinha terminado há poucos minutos. Gedson Fernandes, na quinta e última grande penalidade, não podia falhar mas Tim Krul adivinhou o lado da baliza escolhido e garantiu a vitória do Norwich com o Tottenham nos oitavos de final da Taça de Inglaterra. O português ficou na zona da marca de penálti com as mãos na cara, Eric Dier foi o primeiro a chegar junto ao companheiro para confortá-lo. Como um líder da equipa, um verdadeiro líder. Ainda trocou cumprimentos com adversários e agradeceu aos adeptos. O pior estava para vir.
Sem que nada o fizesse esperar, o internacional inglês e antigo jogador do Sporting começou a subir sem parar várias filas de uma bancada até acabar em confrontos com adeptos do Tottenham.
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“[A situação com Eric Dier] Penso que isso não faz parte do jogo. A partida foi uma representação fantástica daquilo que são os jogos da Taça de Inglaterra, e daquilo que deviam ser, mas não posso fugir a essa questão. O Eric Dier fez aquilo que nós, enquanto profissionais, não devemos fazer mas que nestas circunstâncias todos nós faríamos. Quando alguém te insulta, ou a tua família está envolvida, especialmente o teu irmão mais novo… A pessoa em questão insultou o Eric, o irmão mais novo dele, que não estava satisfeito com a situação e o Eric também não. Nós enquanto profissionais não podemos fazer o que ele fez”, comentou no final José Mourinho.
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Em paralelo, o treinador português recusou fazer grandes comentários sobre os insultos racistas a Gedson Fernandes. “Não posso dizer se aconteceu ou não, só posso afirmar aquilo que sei e que ele não estava feliz com a situação”, comentou Mourinho, sobre um episódio que estará longe de se resumir ao jogo desta quarta.
