A notícia foi avançada, esta terça-feira, pelo Jornal de Notícias e a nomeação da próxima presidente da Associação Amigos do Coliseu será formalizada na assembleia-geral da associação, agendada para esta sexta-feira. “Era intenção da ministra que a presidência fosse desta vez entregue a uma mulher, que tivesse experiência no setor e na cidade, e que representasse uma mudança de geração”, adianta o mesmo jornal.
Mónica Guerreiro é o nome escolhido pelo Ministério da Cultura para assumir a presidência da direção do Coliseu do Porto e, assim, suceder a Eduardo Paz Barroso que se demitiu no passado dia 4 de março. A antiga diretora municipal de cultura da Câmara do Porto, e atualmente membro na Direção-Geral das Artes (DGArtes), vai assumir as rédeas do Coliseu do Porto entre 2020 e 2023.
Tem 38 anos, é licenciada e doutorada em Ciências da Comunicação na Nova de Lisboa e foi jornalista da revista Blitz, entre 1996 e 2003. Depois de uma passagem pela DGArtes, trocou Lisboa pelo Porto em 2015, a convite de Rui Moreira, para assumir a direção municipal de cultura da autarquia. A sua ligação ao executivo terminou há um ano, na sequência da transformação da Porto Lazer na Ágora, a nova empresa de cultura e desporto. Mónica Guerreiro é também autora do livro “Olga Roriz”(2007) e de “O essencial sobre a Companhia Nacional de Bailado” (2017).
Eduardo Paz Barroso apresentou a sua demissão no início do mês, alegando não ter gostado de saber da sua substituição pela comunicação social. “Não tenho condições, por razões de dignidade e confiança, de continuar a assegurar essa representação e o cargo de Presidente da Direcção, à qual renuncio e do qual me demito”, escreveu numa carta a que o Observador teve acesso.
No dia seguinte, a 5 de março, também Nuno Botelho, representante da Associação Comercial do Porto, apresentaria a sua demissão, em solidariedade com Eduardo Paz Barroso. Paz Barroso era o representante da Área Metropolitana do Porto e foi substituído pela socialista Maria João Castro. Nuno Lemos foi o escolhido pela Câmara Municipal do Porto.
Presidente do Coliseu do Porto demite-se por “razões de dignidade e confiança”