Mário Ferreira garante que a aquisição de 30,22% do capital da Media Capital, dona da TVI, comunicada esta sexta-feira ao mercado pela Prisa “será feita, na íntegra, com capitais próprios e sem parceiros”, afirmou em entrevista ao Expresso. O empresário nortenho rejeita assim que tenha apoio de capital angolano ou chinês —rumores que surgiram nas últimas semanas e que, diz, o divertiram.

Afastada, para já, está a aquisição de uma posição de controlo da Media Capital. Ferreira confirma que “não temos direitos de preferência” para a compra de mais ações da empresa dona da TVI. “Um eventual aumento da nossa participação só poderia ter lugar se, no futuro, se entendêssemos que essa via seria adequada e necessária e se previamente todas as entidades reguladoras com competência não se opusessem ao projeto”, afirma.

A operação de aquisição de uma posição minoritária será feita através da MC, “holding familiar, minha e da minha mulher”, assegura Mário Ferreira. O comunicado da Prisa divulgado pela Media Capital indicava que o memorando de entendimento tinha sido assinado com a Pluris Investments, igualmente detida pelo casal Ferreira.

O empresário conhecido pelos investimentos em barcos turísticos no Douro e na indústria naval (controla os Estaleiros de Viana do Castelo), diz que começou a desenhar o negócio logo após a desistência da Cofina da compra de uma posição de controlo na Media Capital. “Tive contacto com o presidente não executivo da Prisa, Javier Monzón. Decidimos trabalhar em conjunto para continuar em frente com um potencial negócio e prometi-lhe que continuaria a investir o mesmo ou mais capital que já tinha disponível para este projeto”, diz.

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