Cerca de duas semanas depois da polémica sobre as celebrações de Abril, novas diretrizes. Se a 21 de abril o presidente da Assembleia da República rejeitava a hipótese da presença de máscaras no hemiciclo com um comentário irónico que criou polémica (“Então nós íamos mascarados para o 25 de Abril?”), ao primeiro dia de desconfinamento mudou de discurso e determinou a partir desta segunda-feira será obrigatório o uso de máscara para quem quiser entrar, circular ou permanecer no Parlamento.

“O Presidente da Assembleia da República determinou, por despacho esta segunda-feira publicado, que não será permitida a entrada, circulação ou permanência nas instalações da Assembleia da República a quem não usar máscara social ou cirúrgica devidamente colocada (podendo esta ser substituída por viseira)”, refere o despacho de Ferro Rodrigues citado pela Lusa, levantando nova questão: ainda na conferência de imprensa da DGS desta segunda-feira Graça Freitas advertiu para a diferença entre as máscaras e as viseiras: “A viseira não é um método que dispense utilização de uma máscara. Protege muito bem os olhos e o nariz, mas já não protege muito bem a boca, porque é aberta em baixo, de espirros”.

Ferro Rodrigues. “Então nós íamos mascarados para o 25 de Abril?

A utilização obrigatória de equipamento de proteção individual na Assembleia da República, em vigor a partir desta segunda-feira, aplica-se a “deputados, membros do Governo, funcionários parlamentares, membros dos gabinetes, colaboradores dos Grupos Parlamentares, Serviço de Segurança e a todos os prestadores de serviços, bem como a todos os cidadãos que, por qualquer razão, entrem e circulem nas instalações do Parlamento”.

Foi em entrevista à rádio TSF que o presidente da Assembleia da República abordou os possíveis contornos da celebração de Abril na AR e as eventuais medidas de proteção. “Eu diria até, um pouco a brincar, embora o momento não seja para grandes brincadeiras, que andou muita gente mascarada de abrilista durante estes anos todos e agora deitou as garras de fora”, ironizou ainda a segunda figura do Estado.

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