“Hoje o mundo perdeu um dos maiores da magia, mas eu perdi o meu melhor amigo. Desde o momento em que nos conhecemos, soube que eu e o Roy, juntos, íamos mudar o mundo. Não podia existir Siegfried sem Roy, nem Roy sem Siegfried”, disse este sábado em comunicado Siegfried Fischbacher, ao anunciar e lamentar a morte do parceiro de palco, vítima de complicações relacionadas com a Covid-19.

Roy Horn, de nacionalidade alemã, tinha 75 anos e estava internado num hospital em Las Vegas, cidade onde, com o companheiro de sempre (atuaram juntos pela primeira vez em 1957), continuava a fazer espetáculos de magia e ilusionismo, seis vezes por semana, 44 semanas por ano, invariavelmente perante plateias esgotadas, escreve o Guardian.

Siegfried and Roy eram conhecidos pelas performances com animais selvagens em palco — nomeadamente chitas, tigres,  leões e até um elefante. Em outubro de 2003, durante um espetáculo no Hotel e Casino Mirage, em Las Vegas, onde a dupla atuava desde 1990, Roy Horn foi atacado por um tigre (Mantecore era como se chamava o felino) e quase morreu.

Perdeu muito sangue, sofreu graves lesões no pescoço e teve um AVC, mas acabou por recuperar. Os espetáculos é que estiveram em pausa até 2009, data em que a dupla se reuniu para um regresso que, apesar de ter sido publicitado como único e de ter tido como principal chamariz a presença do tigre Mantecore, acabou por dar azo à apresentação regular de Siegfried and Roy nos palcos.

“O Roy foi um lutador durante toda a vida, inclusivamente nestes últimos dias”, disse Siegfried Fischbacher no mesmo comunicado. “Dou o meu sincero apreço à equipa de médicos, enfermeiros e funcionários do Hospital Mountain View, que trabalhou heroicamente contra este vírus insidioso que acabou por tirar a vida ao Roy”.

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