A empresa norte-americana Moderna anunciou esta segunda-feira que os ensaios feitos com a sua potencial vacina contra o novo coronavírus revelaram resultados promissores em humanos e as ações da empresa subiram quase 30% esta manhã (a Moderna tem um valor de mercado que ronda os 28 mil milhões de dólares).
Os testes preliminares contaram com 45 voluntários, com idades compreendidas entre os 18 e os 55 anos, que receberam uma de três doses da vacina — 25 microgramas, 100 microgramas e 250 microgramas — e cujos corpos produziram anticorpos contra o SARS-CoV-2.
A vacina foi considerada “segura” e “bem tolerada”. Entre os voluntários que receberam a dose mais elevada, três pessoas apresentaram efeitos secundários severos, sem nunca correrem risco de vida. Todos os efeitos secundários foram temporários, atesta a Business Insider.
No entanto, os testes não confirmam que as pessoas em causa tenham ficado imunes ao vírus. Os ensaios clínicos, que focaram-se sobretudo na segurança dos voluntários, foram conduzidos pelos Institutos Nacionais da Saúde (NIH) norte-americanos.
A Moderna trabalha desde janeiro com os NIH no desenvolvimento da vacina contra o novo coronavírus, a qual ficou conhecida como mRNA-1273. A empresa espera que a sua vacina possa ser a primeira a surgir no combate à pandemia, aguardando uma aprovação completa em 2021.
Segundo a Forbes, a Moderna espera iniciar a fase 3 da vacina em julho, sendo que a fase 2, que conta com 600 participantes, está agendada para um futuro próximo. A empresa pretende ter a vacina pronta no outono.
Até ao momento, e de acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 100 vacinas contra o novo coronavírus estão em desenvolvimento, sendo que pelo menos oito já passaram à fase dos ensaios clínicos em humanos.