A ministra da Cultura, Graça Fonseca, afirmou esta quarta-feira, em Coimbra, que “provavelmente a maior parte da programação cultural deste ano não terá preço”, salientando que o trabalho feito pelo Governo é para garantir que os eventos aconteçam.
Questionada pela agência Lusa sobre se teme que uma lotação mais reduzida nos eventos culturais venha a provocar um aumento do preço dos bilhetes, a ministra da Cultura respondeu que, apesar de não ser da sua responsabilidade fixar o preço, acredita que isso não irá acontecer.
“Provavelmente, a maior parte da programação cultural deste ano não terá preço, porque, naturalmente, todos percebemos que é importante poder devolver às pessoas e contribuir para que os artistas nesta fase tão difícil possam voltar precisamente a fazer aquilo que sabem fazer bem que é estar junto do seu público”, vincou.
Em resposta à pergunta sobre se isso queria dizer que a maioria da programação cultural seria tendencialmente gratuita, a ministra salientou que essa questão terá de ser feita “aos promotores culturais”. A convicção da ministra e do Governo “é precisamente contrariar a ideia de que não vai acontecer nada”, realçou.
“Tem que acontecer e vai acontecer”, acrescentou, vincando que instituições públicas e privadas têm vindo a trabalhar para garantir que eventos culturais aconteçam.
Na terça-feira, a ministra da Cultura revelou que teatros, salas de espetáculos e cinemas podem reabrir, a partir de segunda-feira, com todas as filas ocupadas e um lugar de intervalo entre os espectadores, que serão obrigados a usar máscara.
Esta quarta-feira, Graça Fonseca referiu que a definição das regras foi um “trabalho difícil”, explicando que estas têm que ser “suficientemente flexíveis e adaptáveis não só para permitir que a programação cultural consiga acontecer, mas também que existam condições de sustentabilidade, desde logo financeira, para as entidades que querem programar e querem fazer programação cultural”.
Segundo a membro do Governo, ainda esta quarta-feira seguirá um e-mail para todas as entidades consultadas pela tutela durante este processo (são cerca de 20) com um “documento em linguagem simples de quais são as regras para salas de teatro, salas de espetáculos e espaços ao ar livre”.