Derek Chauvin, o agente da polícia que provocou a morte do afroamericano George Floyd, foi detido nesta sexta-feira. A notícia foi confirmada pelo Departamento de Segurança Pública do Minnesota e é anunciada quatro dias depois de ter sido captado em vídeo o momento da morte do homem de 46 anos. As imagens tornaram-se virais e provocaram manifestações e tumultos na cidade.
O agente da polícia é formalmente acusado de assassinato e homicídio negligente. Em conferência de imprensa, Mike Freeman, procurador do condado de Hennepin disse tratar-se da acusação mais rápida de sempre a um agente, sendo que não se exclui a hipótese de serem acusados os outros três envolvidos.
De acordo com a polícia de Minneapolis, citada pela CNN, Derek Chauvin conta com 18 queixas anteriores, ainda que os detalhes específicos não tenham sido divulgados publicamente. Chauvin foi demitido no início da semana, horas depois da morte de George Floyd, tal como outros três agentes envolvidos no caso. Nos vídeos, que o Observador compilou e detalhou, é possível ver como Derek Chauvin ignorou os apelos do afroamericano, que disse em desespero não conseguir respirar.
[O antes e depois da morte de George Floyd pela polícia. Episódio incendeia Minneapolis]
George Floyd esteve cerca de sete minutos no chão pressionado pelo agente. As pessoas que estavam presentes, entre elas a adolescente de 17 anos que captou o momento por inteiro, pediram incessantemente para que fosse verificada a pulsação do detido. Mais tarde, o relatório dos bombeiros da cidade confirmou que Floyd ficou sem pulsação ainda debaixo da polícia e a sua morte seria confirmada pouco depois no hospital.
O caso de George Floyd é a morte de mais um afroamericano que ganha proporções internacionais. Tem sido comparada com a de Eric Gardner, em 2014, que morreu também depois de gritar que não conseguia respirar. Os apelos tornaram-se símbolo para protestos antiracistas e contra a brutalidade policial.
Desde segunda-feira que Minneapolis vive com manifestações destrutivas. As imagens ao longo da semana retratam uma cidade com edifícios vandalizados e incendiados, de tal forma que nesta quinta-feira foi declarado o estado de emergência.