O Governo vai reforçar com 3,5 milhões de euros por ano o apoio aos municípios e organizações de produtores que possuem sapadores florestais, anunciou esta sexta-feira, em Coimbra, o secretário de Estado João Catarino.

“O Fundo Florestal Permanente vai passar a pagar às organizações de produtores florestais e aos municípios que têm brigadas de sapadores florestais” mais 3,5 milhões de euros por ano, disse esta sexta-feira o secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, João Catarino.

Este apoio também abrangerá “as comunidades intermunicipais (CIM) que possuem equipas de sapadores florestais“, acrescentou João Catarino, que falava aos jornalistas, esta sexta-feira, em Coimbra, depois de ter participado numa reunião com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).

A medida, resultante da “alteração que foi feita ao programa dos sapadores florestais, representa um esforço adicional, por ano, de mais 3,5 milhões de euros”, salientou João Catarino.

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Esse pagamento adicional “aos detentores de equipas de sapadores florestais, a nível nacional”, será feito “a partir da aprovação e promulgação da lei”, adiantou o governante.

Durante a reunião do secretário de Estado com dirigentes da ANMP foram debatidas outras questões, designadamente relacionadas com a transferência de competências para as câmaras municipais no âmbito do licenciamento e da rearborização”, indicou João Catarino.

A elaboração de “novos planos regionais de ordenamento do território” também foi debatida no encontro, exemplificou o governante, referindo que o assunto será objeto de “trabalhos em conjunto” do Governo, da Associação de Municípios, das comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR) e de “todas as áreas setoriais” que podem “ajudar nesse trabalho”, que “tem de ser feito a partir de agora e durante um ano e meio”.

Na reunião, foram analisados “aspetos que são de grande importância para cada município e para o todo nacional”, disse o presidente da ANMP, Manuel Machado, destacando questões como as relacionadas com os planos regionais de ordenamento do território e com os planos diretores municipais atualizados, de acordo com a legislação entretanto publicada.

“É do interesse comum que os planos regionais de ordenamento do território possam estar prontos — aprovados de preferência — no âmbito dos trabalhos que estão a decorrer para a programação do próximo quadro comunitário de apoio”, defendeu Manuel Machado.

“Seria a primeira vez que se conseguiria alcançar esse objetivo”, sublinhou o presidente da ANMP e da Câmara de Coimbra, considerando que esta “pode ser uma oportunidade de melhoria para aquilo que se deseja em termos de aplicação dos fundos europeus para os próximos tempos”.