Fernando Gomes vai na sexta-feira ser reeleito para um terceiro e último mandato como presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), apresentando-se, tal como há quatro anos, sem oposição ao ato eleitoral.

Eleito pela primeira vez em 2011, então frente a Carlos Marta, Fernando Gomes vai atingir o limite de três mandatos previsto pela lei, devendo, tal como em 2016, receber a aprovação da larga maioria dos delegados. Dirigente desportivo há quase 30 anos, Fernando Gomes foi responsável pelo basquetebol, modalidade que praticou, do FC Porto, no qual chegou à administração da SAD, tendo dirigido a Liga de basquetebol nos anos 1990 e a de futebol antes de chegar à FPF.

Para o novo mandato, até 2024, o atual líder federativo mantém Humberto Coelho, João Vieira Pinto, Pedro Pauleta, José Couceiro, Pedro Dias, Mónica Jorge e Rui Manhoso na direção.

O antigo avançado Hélder Postiga e José Alberto da Costa Ferreira, atual presidente da associação de Viseu, são as caras novas do executivo, que terá Júlio Vieira, atual diretor cooptado e antigo presidente da associação de Leiria, como primeiro suplente, à frente de Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), e do treinador Jesualdo Ferreira.

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Relativamente ao executivo atual registam-se as saídas de Carlos Coutada, Elísio Carneiro, que transita para o Conselho Fiscal, e Júlio Vieira, assim como de Hermínio Loureiro, que tinha suspendido o mandato de vice-presidente em janeiro, na sequência da acusação do Ministério Público na operação ‘Ajuste Secreto’, e que foi ‘substituído’ por Couceiro.

Cláudia Santos é a cabeça de lista para o Conselho de Disciplina (CD), para suceder a José Manuel Meirim, Luis Verde de Sousa vai liderar o Conselho de Justiça (CJ), enquanto os líderes dos restantes órgãos se mantêm, casos de José Fontelas Gomes, no Conselho de Arbitragem (CA), de Ernesto Ferreira da Silva, no Conselho Fiscal (CF), e de José Luís Arnaut, na Mesa da Assembleia-Geral (MAG).

A escolha de Cláudia Santos, ex-presidente da Comissão de Instrutores da Liga de clubes, foi polémica, com o FC Porto a ter chegado a pedir que o nome da deputada do PS fosse retirado da lista, devido à incompatibilidade do cargo na Assembleia da República com o do CD. O caso chegou a ser também falado no Parlamento, com alguns partidos a mostrarem-se contra uma possível incompatibilidade dos dois cargos, mas a comissão de transparência acabou por dar ‘luz verde’.

Para o novo mandato, Fernando Gomes, que tem ganhado também peso na UEFA, quer ver Portugal a ganhar um novo título internacional no futebol masculino, apontando ainda como objetivos “garantir a estabilidade estrutural” da FPF, após a Covid-19.

Entre os compromissos para 2020/21, Gomes pretende desenhar programas de apoio aos clubes das competições federativas, mediante a disponibilidade do organismo, e reestruturar os quadros competitivos, mostrando a ambição de chegar aos 300 mil federados.

O ato eleitoral vai decorrer na sede da FPF, na Cidade do Futebol, em Oeiras, entre as 15:00 e as 17:00, seguindo-se a posse dos novos órgãos sociais, às 18h00.