Uma é formada em designer gráfico, trabalha com várias marcas e habituou-se a ver o avó de chapéu, a outra tem uma queda para a moda e sempre foi adepta deste acessório. Sílvia Silva e Tânia Senra são do Porto e amigas de longa data, em janeiro decidiram começar o ano a criar uma marca própria. “Somos um dos países que mais exportam chapéus para o mundo, mas não encontrávamos uma marca portuguesa que fosse divertida, colorida e original”, começa por explicar Sílvia Silva ao Observador.
Quando a ideia estava a ganhar forma, uma inesperada pandemia mundial quase lhes mudou os planos. “Criar uma marca já não é fácil, então nesta altura consegue ser ainda pior”, sublinha Sílvia, acrescentando que desistir da intenção nunca foi uma hipótese para a dupla.
O arranque fez-se com uma coleção de cinco modelos clássicos com quatro tamanhos disponíveis e cores que vão dos básicos branco e preto, ao laranja, verde e amarelo. Todos os chapéus são feitos em feltro e produzidos em S. João da Madeira, considerada a cidade capital do chapéu pela sua tradição na área industrial relacionada com o fabrico deste acessório.
Pensados para homens e mulheres usarem em dias de sol e dias de chuva, os detalhes vão das fitas bordadas com flores, padrões geométricos, tribais ou animalescos, as aplicações metálica com moedas e caranguejos.
“O mais complicado foi mesmo escolher o nome da marca, queríamos algo com significado e não apenas bonito”, conta Sílvia Silva, referindo que a escolha recaiu no nome do grupo de amigos apelidado de “Primos”. A intenção da dupla criativa é alargar o leque de produtos no futuro, passando por outros acessórios, sendo que a prioridade agora é lançar uma loja online. Enquanto isso não acontece, os chapéus da The Cousins estão disponíveis no Facebook e no Instagram de 85€ a 120€.