Três instituições de solidariedade, a autarquia da Pampilhosa da Serra e uma fundação local promovem, até 2022, um projeto que quer promover o envelhecimento ativo de mais de 300 idosos, anunciaram esta sexta-feira os promotores.
Intitulada “100 Idade”, a iniciativa decorre de um desafio lançado a municípios da zona do pinhal interior centro, afetados pelos incêndios, pelo programa Portugal Inovação Social, visando promover o envelhecimento ativo e saudável, “tendo em vista o aumento da capacidade funcional, a prevenção da doença e promoção da saúde na população mais idosa”, refere, em nota de imprensa, a Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra.
Queremos retardar que pessoas com alguma idade sejam objeto de respostas institucionais [de lares ou centros de dia, entre outras], provocando a atividade dessas pessoas para não perderem a motivação por estarem reformados, utilizando dinâmicas muito específicas para continuaram na sua casa”, disse à agência Lusa Alexandra Tomé, vereadora com os pelouros da Saúde e Ação Social.
A autarca frisou que a Pampilhosa da Serra, em questões relacionadas com a demografia e envelhecimento, é um dos municípios do interior “com melhor qualidade de vida”, situação que a Câmara Municipal quer preservar.
A equipa do projeto, que inclui um especialista em gerontologia, uma enfermeira, assistentes sociais e fisioterapeuta, tem seguido “dinâmicas muito criativas”, desde logo apostando em conteúdos para que os mais idosos possam “ter uma velhice mais tranquila, passando mais tempo de qualidade em casa”, explicou Alexandra Tomé.
Uma das atividades propostas chama-se “Avô, Mudei a Casa” e incide sobre a mudança da localização de objetos dentro das habitações, por exemplo para prevenir quedas “que podem ter consequências graves”.
Nas casas, há muitos objetos que por vezes estão mal colocados, coisas nos móveis que estão mais acima e deviam estar mais abaixo ou um tapete já sem aderência que tem de ser mudado”, enfatizou a autarca.
Outra atividade, intitulada “Pezinhos Tratadinhos”, incide sobre a prevenção da diabetes “que nas idades mais avançadas aparece com mais frequência” e que pode levar, sem tratamento dos pés, a situações mais graves como amputações.
No fundo, são pequenas coisas que juntas significam muito”, argumentou Alexandra Tomé.
Coordenado pela Associação de Solidariedade Social de Dornelas do Zêzere, o projeto tem ainda a participação, para além do município, da Santa Casa da Misericórdia de Pampilhosa da Serra, Cáritas Diocesana de Coimbra e Fundação Dr. José Fernando Nunes Barata.
Envolve, durante três anos, até 2022, um total de 335 idosos residentes nas oito freguesias da Pampilhosa da Serra e possui uma dotação financeira de cerca de 95 mil euros, 87 mil dos quais assumidos pela autarquia, que tem um papel de investidor social maioritário.
O projeto “100 Idade” será apresentado publicamente na quarta-feira, naquele município do interior do distrito de Coimbra.