A Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve não recebeu nenhum candidato às 60 vagas por mobilidade interna para médicos que foram abertas em junho, com o objetivo de reforçar as unidades de saúde daquela região durante o verão.

A notícia é do jornal Público, que ouviu o presidente da ARS do Algarve. “Neste momento ainda não temos nenhum médico e temos muito poucos enfermeiros, cerca de meia dúzia”, disse Paulo Morgado, que refere ainda que as áreas mais carenciadas são a anestesia, ginecologia, ortopedia e pediatria. Ainda assim, referiu que a região não está dependente da mobilidade e que acaba por contratar médicos através de empresas de trabalho temporário ou de prestações de serviços.

Também àquele jornal, o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque da Cunha, refere que os motivos que levam os médicos a não escolherem o Algarve para trabalhar “nem sequer são só financeiros” e refere ainda que o anúncio de mobilidade interna (que este ano contempla menos 6 vagas do que o anúncio semelhante feito em 2019) é “um anúncio propagandístico”. A oferta constante no anúncio para as 60 vagas (das quais 36 são para o Hospital de Faro) contempla o pagamento de alojamento, deslocações e também ajudas de custo.

“O que é preciso é ter uma visão estratégica, para que no Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) haja investigação científica e se criem condições de trabalho para os médicos”, referiu aquele dirigente sindical.

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