Fátima tem registado um “crescimento gradual” do número de peregrinos presentes no recinto após o desconfinamento, afirmou esta quinta-feira a diretora de comunicação do Santuário.

Desde 30 de maio, a primeira celebração com peregrinos, até hoje a Cova da Iria tem vindo a receber cada vez mais peregrinos no seu recinto, disse à agência Lusa a diretora de comunicação do Santuário de Fátima, Carmo Rodeia, salientando que em agosto tem-se registado “uma afluência maior”, também em virtude da presença de emigrantes em Portugal.

De acordo com a responsável, o Santuário tem procurado criar todas as condições para que os peregrinos “se sintam em segurança” em Fátima.

“O sentimento generalizado de segurança tem feito com que as pessoas venham com maior frequência e regularidade ao Santuário, o que não quer dizer que venham só nos dias 12 e 13. Há aqui, às vezes, uma certa deceção de termos as grandes peregrinações de junho, julho e agosto e não haver muita gente. Há muita gente, mas as pessoas vêm quando podem e vêm de forma desfasada”, constatou.

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Segundo Carmo Rodeia, registaram-se muitos peregrinos nos primeiros 10 dias de agosto, para além de as missas dominicais terem tido “uma afluência enorme”.

Para a responsável da comunicação do Santuário de Fátima, o número de pessoas que se regista ao domingo pode, em parte, também ser justificado pela própria configuração do espaço, que é amplo e ao ar livre.

“Permite que as pessoas estejam com conforto e com muito distanciamento físico umas entre as outras. Ao domingo, o Santuário tem-se transformado na paróquia de muitas famílias”, observou, recordando que as igrejas estão a funcionar com um terço da sua capacidade devido à pandemia.

Nesta peregrinação internacional de agosto, o Santuário de Fátima teve pela primeira vez inscrição de grupos de peregrinos estrangeiros (um total de três).

Apesar disso, Carmo Rodeia acredita que este ano a esmagadora maioria dos peregrinos que vão marcar presença na Cova da Iria serão portugueses, dadas as dificuldades de mobilidade dos grupos estrangeiros devido à pandemia.