O município de Coimbra aprovou esta segunda-feira o projeto de execução para a estabilização da margem esquerda do rio Mondego, entre a Ponte de Santa Clara e o Açude-Ponte, orçado em 4,6 milhões de euros. A empreitada, votada por unanimidade na sessão de câmara, inclui também a requalificação das duas margens do rio na zona do Parque Verde.

“Assumi um projeto político que é casar as duas margens do rio Mondego. Até à década de 90, Coimbra viveu demasiados séculos a construir barreiras entre a cidade e o rio”, salientou o presidente da câmara, Manuel Machado, em declarações aos jornalistas. Segundo o autarca, “foi evidente que isso não foi boa solução e o rio reagiu e provocou cheias e alagamentos”.

A aprovação ocorre na véspera da consignação da requalificação da margem direita, entre a Ponte de Santa Clara e o Açude-Ponte, que representa um investimento de 10 milhões de euros.

“A opção foi casar as duas margens para que as pessoas possam usufruir, desencadeando ações concretas como a construção do Parque Verde, a requalificação dos muros da margem direita, a requalificação do parque Manuel Braga, a ampliação das ‘docas’ e a construção da praia do Rebolim”, frisou. Para Manuel Machado, trata-se de uma estratégia desenhada de valorização do rio Mondego, que vai absorver, nas intervenções planeadas, cerca de 30 milhões de euros de investimento.

O projeto aprovado esta segunda-feira tem como objetivo “repor as condições de estabilidade e de controlo de erosão das margens, com a consequente salvaguarda da segurança de pessoas e bens, requalificando assim o espaço público envolvente”.

No âmbito da estratégia de valorização, o presidente do município de Coimbra destaca também a conclusão do desassoreamento do leito do rio, a construção da nova ponte na praia Fluvial de Palheiros e Zorro, a nova ponte pedonal e ciclável sobre o Mondego, junto ao Açude-Ponte, e a execução, em fase avançada, da ciclovia de Coimbra, que vai ligar Coimbra B ao Vale das Flores e à Portela, num percurso de quase 20 quilómetros.

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