O líder do Chega voltou a fazer ataques pessoais aos seus adversários na corrida presidencial, considerando que Marisa Matias protagoniza a “candidatura Marijuana” e chamando-lhe “espécie de Madre Teresa de Calcutá comunista”.
Um dia depois de classificar Ana Gomes de “candidata cigana”, o que mereceu protestos de associações representativas daquela comunidade, André Ventura veio a terreiro comparar Marisa Matias a Marinho e Pinto e a madre Teresa de Calcutá.
“Ana Gomes é a candidata cigana”, diz André Ventura, que garante demitir-se caso tenha menos votos
“Ninguém acredita nisto: se for possível defini-la esta é a candidatura Marijuana, pois tem sido esta a grande especialidade do Bloco nos últimos anos. Marisa não fugirá a isto. E os portugueses já não vão na conversa”, escreveu André Ventura numa declaração escrita enviada à agência Lusa.
E o pré-candidato prossegue nas comparações chamando a Marisa Matias “uma espécie de Marinho e Pinto de extrema-esquerda” que “é contra os privilégios dos políticos mas sempre foi contra a redução dos seus salários, e ainda aufere o de deputada europeia”. “Só pode ser piada”, acrescentou.
“Já tínhamos a candidata dos subsidiodependentes, e agora temos a protetora dos perseguidos e dos coitadinhos. Uma espécie de Madre Teresa de Calcutá comunista”, concluiu.
O líder e deputado único do partido de extrema-direita Chega foi o primeiro a apresentar publicamente a sua intenção de concorrer ao mais alto cargo da nação, em 29 de fevereiro, em Portalegre. Depois surgiram mais sete pré-candidatos a Belém.
André Ventura, que foi reeleito há cerca de duas semanas presidente da Direção Nacional do Chega, como candidato único, com 99,1% dos votos, anunciou que vai começar “uma nova fase” do partido, o qual vaticina ir-se tornar a terceira força política portuguesa nas próximas eleições legislativas [2023, se a atual legislatura for cumprida].