A receita de impostos sobre o jogo em Macau até agosto caiu para cerca de um terço, quando comparado com 2019, e os apoios públicos subiram 28%, segundo dados divulgados pelas autoridades.
Se no ano passado, até agosto, o governo de Macau tinha já garantido 76,7 mil milhões de patacas (8,17 mil milhões de euros), agora ficou-se pelos 22,8 mil milhões de patacas (2,4 mil milhões de euros), menos 70,1%, de acordo com os números publicados quarta-feira no site da Direção dos Serviços de Finanças.
Um resultado da execução orçamental que traduz a crise económica causada pela pandemia do novo coronavírus que a partir de fevereiro atingiu a capital mundial do jogo, devido às restrições fronteiriças e à ausência de turistas.
Uma realidade ilustrada pelos mais recentes dados da Direção de Inspeção e Coordenação de Jogos (DICJ): os casinos registaram uma queda histórica nas receitas de 94,5% em agosto e perdas de 81,6% no acumulado dos primeiros oito meses do ano, em relação ao mesmo período de 2019.
Por outro lado, entre janeiro e agosto, as despesas públicas cresceram, muito por causa dos apoios concedidos pelo Governo de Macau devido ao impacto da pandemia na economia, com as autoridades a avançarem com ajudas extraordinárias à população e pequenas e médias empresas.
As transferências, apoios e abonos representaram 73,6% das despesas correntes, fixando-se em agosto em 37,4 mil milhões de patacas (quatro mil milhões de euros), uma subida de 28% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Macau registou 46 infeções com o novo coronavírus desde o início da pandemia, mas nunca detetou qualquer surto comunitário, não existindo atualmente qualquer caso ativo.