Em 1665, a Universidade de Cambridge enviou os seus alunos para casa, para se resguardarem da praga de peste bubónica que mataria perto de 100 mil pessoas só em Londres. Foi durante esse período de quarentena forçada na casa da família, na pequena aldeia de Woolsthorpe, que Isaac Newton desenvolveu os princípios da lei da gravidade, ao observar uma maçã cair da árvore — a parte em que esta lhe bateu na cabeça terá sido, alegadamente, romanceada. Mas não só, Newton aproveitou ainda para fazer também avanços cruciais nas áreas da matemática, com o desenvolvimento daquilo que hoje se entende por Cálculo Diferencial e Integral, o Método das Séries Infinitas e o chamado Binómio de Newton, e da óptica, graças a experiências com um prisma polido que o levaram a perceber como a luz branca era, afinal, o resultado da soma de outras cores. O annus mirabilis do então jovem físico não teria, provavelmente, ocorrido sem essa tragédia inicial.
Não é exemplo único. É nas grandes crises que surge, muitas vezes, a inspiração para mudar o mundo. Foi o facto de ter servido como médico na sangrenta Primeira Guerra Mundial, que fez o britânico Alexander Fleming querer descobrir uma forma de travar os processos infecciosos que vira roubar um sem número de vidas. Os famosos chocolates M&M’s foram criados durante a Segunda Guerra Mundial, pensados para os soldados na frente de batalha poderem comê-los sem que derretessem nas mãos. Jogos de tabuleiro como o Monopólio ou o Scrabble devem a sua criação e sucesso à Grande Recessão que afetou os Estados Unidos entre 1929 e 1940. E tecnologias que hoje damos por garantidas, como a Internet ou o email, nasceram da necessidade de ligar redes de computadores durante a Guerra Fria.
Hoje a guerra é outra. Mas o espírito inventivo, solidário e resiliente de outros tempos mantém-se. Só isso explica a inédita rapidez no desenvolvimento de vacinas capazes de prevenir a Covid-19, que já vão em fase avançada de testes. A forma como o CEiiA e a Universidade do Minho criaram um ventilador português em apenas 45 dias. Ou o desenvolvimento, também ele muito rápido, de um kit de teste made in Portugal para fazer face à escassez de materiais, no período mais crítico da pandemia. Isto já para não falar das numerosas empresas de diferentes áreas que, em Portugal e no estrangeiro, reconverteram a sua produção para equipamentos de proteção individual e gel desinfetante.
SEAT conectada ao país, assim como o novo Leon
A SEAT não ficou indiferente à pandemia. Nem podia. Para começar, cedeu uma dezena de automóveis à Cruz Vermelha Portuguesa, já depois de ter desenvolvido e produzido ventiladores de emergência na sua fábrica de Martorell, na Catalunha, com base no motor adaptado de um limpa pára-brisas. Na vertente comercial, lançou o serviço SEAT Ret@il, que permite aos clientes escolher uma viatura e vê-la entregue em casa, sem necessidade de deslocação. Finalmente, equipou a sua rede de oficinas com máquinas de ozono capazes de desinfetar um automóvel em apenas 4 minutos.
Mas nada disto se compara, porém, ao lançamento do novo SEAT Leon: o automóvel mais sofisticado alguma vez desenvolvido pelo construtor. Esta quarta geração evoluiu a olhos vistos desde a sua antecessora, não só em termos de design mas também de eficiência, um elemento central no seu desenvolvimento — o novo SEAT Leon beneficia das mais sofisticadas plataformas de propulsão, incluindo gasolina (TSI), diesel (TD), gás natural comprimido (TGI), mild-hybrid (eTSI) e híbrida plug-in (eHybrid). Além disso, é, ainda, o primeiro SEAT integralmente conectado, oferecendo uma série de serviços de acesso remoto e outros de infotainment, que correspondem às exigências dos estilos de vida digitais típicos de 2020. Em suma, tem tudo para ser mais uma grande criação surgida em tempos de crise.