Em apenas três meses, até junho, os super-ricos fizeram crescer as suas fortunas para um recorde de 10,2 biliões de dólares (ou 8,6 biliões de euros). Para se ter uma ordem de grandeza, são cerca de 50 vezes o que Portugal produz num ano (200 mil milhões). Os dados, que constam de um relatório do banco suíço UBS e são citados pelo jornal britânico The Guardian, mostram que a riqueza dos bilionários cresceu 27,5% num contexto de fortes recessões e subida do desemprego.

Este aumento é justificado, em grande medida, pela aposta na recuperação das bolsas por parte dos detentores dessas fortunas quando o mercado de capitais estava no seu pior momento, entre março e abril.

É, na verdade, um duplo recorde. Não só os 10,2 biliões de dólares registados em junho deixam para trás o anterior máximo do final de 2017 (8,9 biliões de dólares), como também o número de pessoas consideradas bilionárias pelo UBS aumentou para 2.189, mais 31 pessoas do que o anterior recorde, de 2017.

A UBS não faz um ranking dos multimilionários, mas o Guardian recorda que o homem mais rico do mundo é Jeff Bezos, fundador da Amazon, que viu aumentar a fortuna em 74 mil milhões de euros este ano, para 189 mil milhões (quase o PIB anual português), em grande parte porque o preço das ações da Amazon disparou. De acordo com uma lista da Bloomberg, o segundo homem mais rico é Elon Musk, o fundador da Tesla, que teve um aumento de 27 mil milhões de euros, para 103 mil milhões.

Aumento de fortuna dos mais ricos em 2020 quase podia pagar pacote de ajuda financeira da UE

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