A Quercus de Castelo Branco lançou alertou esta sexta-feira para o aumento da presença da vespa asiática no distrito e chamou a atenção para a necessidade de uma correta identificação e alerta às autoridades.
A Quercus Castelo Branco tem recebido ao longo dos últimos meses várias dezenas de contactos e pedidos de ajuda por parte de cidadãos para a identificação de possíveis situações com a presença de vespa-asiática no distrito de Castelo Branco”, refere a organização, em comunicado enviado à agência Lusa.
A vespa asiática é uma espécie não indígena, predadora da abelha europeia. Os principais efeitos da presença desta espécie invasora manifestam-se em várias vertentes, sendo de realçar o impacto na apicultura por se tratar de uma espécie carnívora e predadora das abelhas.
A vespa asiática levanta ainda problemas para a segurança pública, já que, apesar de não ser mais agressiva do que a espécie europeia, no caso de sentir os ninhos ameaçados reage de modo bastante agressivo, incluindo perseguições até algumas centenas de metros.
À Lusa, Samuel Infante, da Quercus, explicou que a vespa asiática está em expansão no distrito de Castelo Branco, sobretudo nos concelhos da Sertã e de Proença-a-Nova, sendo que já foram ali registados “centenas de avistamentos e dezenas de ninhos”.
“Temos a noção de que a informação [no site stopvespa.icnf.pt] não está atualizada, mas é importante que as pessoas o façam para que as autoridades possam atuar”, sublinhou.
Sendo uma espécie não indígena, é predadora natural das abelhas e outros insetos, o que pode eventualmente originar a médio prazo impactos significativos na biodiversidade, em particular nas espécies de vespas nativas e nas populações de outros insetos.
Os receios e as medidas de controlo destinados à vespa asiática tem levado a que muitas vezes a vespa crabro e os seus ninhos sejam destruídos. A vespa crabro é uma espécie nativa e que pode constituir até muitas vezes a última linha de luta contra a vespa asiática. A vespa crabro tem um papel ecológico importante”, lê-se na nota.
Os ambientalistas explicam que a deteção ou a suspeita de existência de ninho ou de exemplares de vespa velutina deverá ser comunicada às autoridades através da inserção/georreferenciação online do ninho ou dos exemplares de vespa e preenchimento ‘online’ de um formulário com informação sobre os mesmos, disponível em stopvespa.icnf.pt ou contactar a linha “SOS AMBIENTE” através do número 808 200 520.
“Deverá, sempre que possível, ser anexada fotografia da vespa ou do ninho, para possibilitar a sua identificação”, explica a Quercus.