O constitucionalista Jorge Bacelar Gouveia estará a ser investigado por corrupção no âmbito do processo “Tutti-Frutti” que investiga desde 2017 uma teia de alegados crimes de corrupção, e tráfico de influência que envolvem personalidades do PS e do PSD, avança a Sábado.

Prestes a ser nomeado juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, o também professor universitário e antigo deputado do PSD é suspeito de facilitar a atribuição de doutoramentos a alunos de alguns Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP’s) a troco de contrapartidas, que segundo a TVI seriam diamantes. As suspeitas partiram de um conversa que terá tido com o antigo deputado do PSD, Sérgio Azevedo, que foi escutado no processo Tutti-Frutti e que foi seu aluno na Universidade Nova. A TVI diz que foi mesmo aberto um inquérito para investigar o professor.

Bacelar Gouveia concorreu ao Supremo Tribunal de Justiça como “jurista de mérito”. O Observador tentou contactá-lo, sem sucesso. À Sábado o constitucionalista garantiu nunca ter sido ouvido no processo. “Não sei de nada”, disse.

A investigação do caso Tutti-Frutti iniciou-se em 2017, na tentativa de desmantelar uma teia de alegados crimes de corrupção, e tráfico de influência que envolvem personalidades do PS e do PSD. No final de 2018, quando Edígio Cardoso estava prestes a reformar-se, as perícias ainda não tinham sido entregues a nenhum especialista da UPFC. O caso acabou por ficar a cargo de um especialista superior da PJ, que, por ordem do MP, teve de o entregar a Cardoso.

Como os caciques do PSD estão a ser investigados na Operação Tutti Frutti

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