Acabou-se o tabu. Paulo Portas não será o candidato da direita à câmara municipal de Lisboa nas autárquicas de 2021. O antigo líder do CDS — que tinha sido apontado como hipótese para candidato à capital nas listas de uma coligação de direita por um antigo colega de Governo — tinha até agora mantido o silêncio sobre o assunto, mas agora foi taxativo em recusar o desafio: “Não! Lisboa, não“. Em entrevista ao jornal Público, que só será publicada na íntegra no domingo, Paulo Portas foi questionado sobre esta possibilidade e descartou-a, dizendo que  os seus compromissos profissionais “não se coadunam com ideias de candidaturas em 2021.”

O antigo ministro Miguel Poiares Maduro, em declarações ao Expresso, tinha lançado o nome do antigo vice-primeiro-ministro em meados de setembro. Dez dias depois, Rui Rio deu um pouco de gás à história e, em entrevista ao Polígrafo, na SIC, disse que nada estava decidido e disse que o antigo líder centrista “é hoje um dos políticos de referência e dos portugueses mais bem preparados para o exercício de qualquer cargo público”.

Voltando à entrevista que dá a Maria João Avillez no jornal Público, Portas explica que voltar a ocupar cargos políticos não está neste momento no seu horizonte: “Mudei completamente de vida em 2016. Tenho muitos compromissos profissionais, que obviamente cumprirei; não se coadunam com ideias de candidaturas em 2021, que podem sensibilizar-me, mas não mudam a minha direção.” É verdade que um dia já foi candidato (a célebre campanha do slogan “Eu fico”, em 2001, quando teve um resultado desastroso), mas agora, lembra, os tempos são outros: “Tudo na vida tem o seu tempo: fui candidato a Lisboa uma vez, porque o partido precisava absolutamente que o fosse, mas não sinto essa vocação autárquica 20 anos depois.”

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