O Hospital Padre Américo, em Penafiel, tem tido o maior número de doentes internados por Covid-19 do país, representando cerca de 10% do número total nacional. “Depois do pico máximo de doentes internados, chegou a atingir os 235, hoje o número é já inferior a 190 e prevê-se que continue a diminuir nos próximos dias, a menos que surja mais alguma situação inesperada de infeção concentrada de grandes dimensões na comunidade e a qual não conseguimos antecipar”, revela o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) em comunicado.

Para responder à elevada procura de doentes, principalmente no serviço de urgência, “estão a ser implementadas diversas medidas”:

  • Entra em funcionamento, a partir deste fim de semana, uma estrutura exterior de apoio à urgência, com cerca de 500 m2, que ficará de modo definitivo ali instalada para auxiliar permanentemente o já habitual grande movimento na 2.ª maior urgência do Norte do país;
  • Está a ser instalado, em terreno cedido pela Câmara Municipal de Penafiel, à entrada do Hospital, um drive-thru para a realização de testes Covid que permitirá um serviço adicional à população e ao mesmo tempo reduzir de modo significativo o afluxo inapropriado aos serviços de urgência, libertando este serviço para o atendimento dos doentes verdadeiramente urgentes.

Sobre o que já está a ser feito, o CHTS avança que existe uma “forte colaboração regional para transferir doentes para outros hospitais do Serviço Nacional de Saúde da região, nomeadamente para o Hospital Militar, bem como para outras instituições do sector social e cooperativo”.

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Também graças ao apoio do INEM, a instalação do hospital de campanha, “permitiu agilizar melhor circuitos dentro da urgência numa fase crítica que chegou a atingir 800 atendimentos diários, números superiores aos atingidos nos picos da gripe”.

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O CHTS confirma ainda que mais de um centena de profissionais de saúde se encontram ausentes, “seja por infeção — na sua larguíssima maioria na comunidade e fora do ambiente hospitalar — , seja por isolamento profilático decorrente de diversas situações de contacto familiar ou outro”. A administração do hospital reconhece que embora se tenham vindo a realizar várias contratações especificamente para este período, “já mais de 150 nos diversos grupos profissionais”, a intensidade dos últimos dias “obrigam” a que as contratações de profissionais continuem para assegurar o reforço das equipas médicas.

“O Centro Hospitalar está ciente do empenho, dedicação e profissionalismo dos seus colaboradores num momento sem igual na história da instituição e tudo temos feito, e continuaremos a fazer, para que seja possível dar resposta à população, num pico de uma pandemia que não é uma situação normal”, conclui o documento.