Há empresas que estão a antecipar o pagamento do subsídio de Natal para o final de novembro, apesar de a lei permitir que ele se concretize até 15 de dezembro, noticia esta terça-feira o Jornal de Negócios. É a escolha da maioria das empresas contactadas por aquele jornal, mas está em linha com o que já faziam mesmo antes da pandemia de Covid-19.

A 27 de outubro, a Navigator anunciou um pagamento antecipado “do subsídio de Natal a todos os seus trabalhadores, das férias não gozadas e das folgas acumuladas a 31 de dezembro de 2019, e ainda de uma gratificação extraordinária” ainda naquele mês.

Logo depois, o Fórum para a Competitividade sugeriu ao Estado que também pagasse o subsídio de Natal antes do prazo previsto por lei. Mas, entre as empresas contactadas pelo Negócios, mais nenhuma decidiu fazê-lo em outubro: a Frulact vai pagar em novembro como habitualmente e o Banco Montepio também, embora espere pagar o ordenado a 20 de dezembro e o subsídio de férias logo em janeiro.

Contactada pelo Jornal de Negócios, a PwC informou que não vai antecipar o pagamento do subsídio de Natal e que o fará na primeira quinzena de dezembro. Mas outras empresas chegaram a soluções intermédias: o Santander Portugal, por exemplo, diz que vai pagar o subsídio em novembro, mas que já tinha criado uma medida que “previa a possibilidade de os colaboradores anteciparem até 50% do subsídio de Natal”.

A Vodafone Portugal também permite que os trabalhadores solicitem o pagamento antecipado do subsídio de Natal — uma alternativa permitida desde 2013 com a criação do programa de emergência social: “Somos sensíveis à situação individual dos colaboradores, quer se trate de dificuldades de natureza financeira ou outras”, disse ao Negócios.

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