MacKenzie Scott, ex-mulher de Jeff Bezos, doou mais de quatro mil milhões de dólares — cerca de 3,2 mil milhões de euros — a centenas de instituições de solidariedade nos últimos quatro meses. O anúncio foi feito pela própria num texto que publicou no seu blog.

Na publicação, intitulada “384 ways to help [384 maneiras de ajudar]”, MacKenzie Scott afirma que “esta pandemia tem sido uma bola de demolição” e que, por isso, decidiu pedir ajuda aos seus consultores para “acelerar” as suas contribuições em 2020.

Esta pandemia tem sido uma bola de demolição nas vidas dos americanos que já lutam. As perdas económicas e os resultados de saúde foram piores para as mulheres, para as pessoas de cor e para as pessoas que vivem na pobreza. Enquanto isso, aumentou substancialmente a riqueza dos bilionários.”, escreveu, citada pela BBC.

Nos últimos quatro meses, 384 instituições de solidariedade de todo o país receberam doações num total de 4.158.500.000 dólares, cerca de 3,2 mil milhões de euros. Algumas das instituições pretendem dar “resposta às necessidades básicas”, como bancos alimentares, enquanto outras abordam problemas a longo prazo, como as “iniquidades sistémicas que foram aprofundadas pela crise”.

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Em julho, já tinha doado cerca de 1,4 mil milhões de euros a 116 instituições. Na altura disse no mesmo blog que o objetivo era o de chamar à atenção para que “organizações e líderes impulsionassem a mudança”. No total, MacKenzie Scott já doou cerca de seis mil milhões de dólares a causas sociais.

MacKenzie Scott é considerada a 18.ª pessoa mais rica do mundo, numa lista liderada pelo ex-marido. Scott e Jeff Bezos casaram-se em 1993, um ano antes da fundação da Amazon, e estiveram juntos até 2019. Com o divórcio, a mulher de 50 anos passou a deter 4% das ações da empresa e a sua fortuna ficou avaliada em 49,8 mil milhões de dólares.

No ano passado, assinou o Giving Plegde — uma organização fundada por Bill Gates, Melinda Gates e Warren Buffet que incentiva as pessoas mais ricas do mundo a contribuir com a sua fortuna para causas sociais, seja durante a vida ou no testamento. “Tenho uma quantia desproporcional de dinheiro para partilhar”, escreveu.