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Há menos concelhos portugueses em risco extremamente elevado. Um deles não tem nenhum caso de Covid-19

Este artigo tem mais de 3 anos

Número de concelhos em risco extremamente elevado diminuiu para 219. Vinte e cinco saíram da lista, mas outros dez entraram. Um concelho não tem casos reportados: Velas, nos Açores.

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Os dados recolhidos entre 20 de janeiro e 02 de fevereiro revelam um país menos encarnado, mas longe de poder respirar de alívio

AFP via Getty Images

Os dados recolhidos entre 20 de janeiro e 02 de fevereiro revelam um país menos encarnado, mas longe de poder respirar de alívio

AFP via Getty Images

A Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou o mapa de risco em Portugal de acordo com as incidências de casos novos de infeção pelo coronavírus detetados pelas autoriadades de saúde em duas semanas por 100 mil habitantes. Os dados recolhidos entre 20 de janeiro e 02 de fevereiro revelam um país menos encarnado, mas longe de poder respirar de alívio. Confira o mapa.

São 219 os concelhos em risco extremamente elevado, segundo as incidências publicadas esta segunda-feira pela DGS, mas que reportam ao período entre 20 de janeiro e 02 de janeiro. São menos 15 do que nas tabelas anunciadas na semana passada.

Vinte e cinco concelhos saíram do risco extremamente elevado, entre os quais duas capitais de distrito — Porto e Portalegre, que passaram ao risco muito elevado. Um concelho saltou do risco extremamente elevado para apenas elevado: Alvito.

No entanto, dez concelhos subiram de risco e estão agora no nível máximo de classificações pelas autoridades de saúde portuguesas. Não é o caso de nenhuma capital de distrito, mas destaca-se o caso de Monchique, que passa do nível três (considerado moderado) diretamente para o nível sete, que é extremamente elevado. A incidência subiu de 98 casos ao longo de duas semanas por 100 mil habitantes para 1221.

O concelho com a maior incidência de casos acumulados ao longo de duas semanas por 100 mil habitantes é Castelo de Vide (6680), distrito de Portalegre; e um concelho não reportou qualquer caso: Velas, nos Açores. O maior salto nas incidências foi Fronteira, também em Portalegre, que passa de uma incidência de 1513 para 3766. Mas Góis, em Coimbra, baixou a incidência de 3758 para 1708.

Capitais de distrito: Setúbal tem pior performance

Entre as dezoito capitais de distrito em Portugal Continental, só em quatro é que a incidência por 100 mil habitantes entre 20 de janeiro e 02 de fevereiro aumentou: Bragança, Coimbra, Lisboa e Setúbal.

Foi em Setúbal que a incidência mais subiu, crescendo de 2575 casos ao longo de 14 dias por 100 mil habitantes (de acordo com os dados publicados a 1 de fevereiro) para 2964 esta segunda-feira — mais 389. Em contrapartida, a maior descida foi em Castelo Branco, cuja incidência evoluiu de 1777 para 1439 novos casos em duas semanas por cada 100 mil habitantes. São menos 338 do que na última atualização da DGS.

Concelhos mais populosos: Porto melhora, Lisboa piora

Entre os quinze concelhos com maior densidade populacional, seis já desceram o número de novos casos acumulados ao longo de 14 dias (entre 20 de janeiro e 02 de fevereiro) por 100 mil habitantes: Porto, Matosinhos, São João da Madeira, Vila Nova de Gaia, Maia e Entroncamento.

A maior diferença foi precisamente neste último concelho, que passou de 1160 casos em duas semanas por 100 mil habitantes para 900 (ou seja, menos 260). No Porto, uma das duas capitais de distrito nesta lista, o número desceu de 1121 para 928 (menos 193).

O Entroncamento continua com o mesmo valor que a atualização anterior da DGS: 1430 casos em duas semanas por 100 mil habitantes. Os restantes oito concelhos — Amadora, Lisboa, Odivelas, Oeiras, Almada, Barreiro, Cascais e Seixal — viram esta métrica aumentar.

A maior subida foi no Seixal, onde o número de casos ao longo de duas semanas por 100 mil habitantes aumentou de 1732 na última atualização das autoridades de saúde para 2086 (mais 354). Lisboa passou de 1965 novos casos por 100 mil habitantes em duas semanas para 2123 (mais 158).

Só um concelho insular está em risco máximo, outro está livre de Covid-19

Dos 21 concelhos em risco considerado moderado — aqueles que, na escala da DGS, têm uma incidência acumulada ao longo de duas semanas por 100 mil habitantes abaixo de 240 —, só dois não pertencem aos arquipélagos da Madeira e Açores: Aljezur (125) e Vila do Bispo (233).

Só um concelho insular está em risco extremamente elevado: Câmara de Lobos, na Madeira, que saltou do risco elevado (258 novos casos em duas semanas por 100 mil habitantes) para o risco extremamente elevado (1185). É o ponto mais preocupante do país fora de Portugal Continental.

Mas também é em território insular, no arquipélago dos Açores, que se encontra o único concelho que, entre 20 de janeiro e 02 de fevereiro, não reportou nenhum caso de infeção pelo coronavírus: Velas.

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