João Loureiro foi esta tarde ouvido pela Polícia Federal da Bahia durante 4 horas, na sequência da apreensão de meia tonelada de cocaína no jato privado onde estava programado viajar desde o Brasil para Portugal, tendo saído em liberdade. Ainda assim, a Polícia Federal advertiu o antigo presidente do Boavista “a informar qualquer mudança de endereço”. Ao que o Observador apurou, o antigo presidente do Boavista “apresentou a [sua] versão dos factos que será comparada com as demais provas do inquérito se for confirmado o envolvimento dele fica descartado”.

Durante esta tarde, a Polícia Federal do Brasil, considerou necessário extrair “arquivos do celular [telemóvel] com a autorização do passageiro [João Loureiro]”, com a sua autorização, sendo que essas dados serão “analisados para ver se confirma com o que foi falado”.

Dado que agora a  investigação vai continuar, as autoridades consideraram que não existem fundamentos para que depois de ouvido presencialmente João Loureiro fique impedido de regressar ao seu país. “Ele pode retornar para Portugal quando quiser”, acrescentou fonte oficial

Ao Observador, fonte oficial já havia explicado ao início da tarde que, da lista de passageiros, o “cidadão espanhol [tinha retornado] para a Europa, um português [João Loureiro] que está no Brasil [seria] ouvido hoje e o terceiro passageiro [tinha embarcado] em Salvador e foi para São Paulo e não [tinha retornado] com a aeronave”. Quanto à audição do antigo presidente do Boavista estará ainda a decorrer.

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Não esteve retido, mas foi aconselhado a não sair do Brasil até ser ouvido

“Ele não está retido no Brasil, mas foi solicitado que aguardasse no Brasil” até ser ouvido presencialmente, revelou ao início da tarde fonte daquela polícia ao Observador, que, questionada sobre se o antigo presidente do Boavista é suspeito, respondeu: “Os factos estão sendo analisados, logo não o confirmamos como suspeito”.

Dentro do jato privado, seguiam outros cidadãos portugueses e de outras nacionalidades, sendo que os tripulantes da aeronave não só não ficaram retidos como já regressaram à Europa.

João Loureiro, recorde-se, era um dos passageiros do avião com destino a Portugal que ficou retido no dia 9 no aeroporto da Bahia depois de ter sido encontrada meia tonelada de cocaína escondida na fuselagem da aeronave.

Os membros da tripulação já foram ouvidos, tendo regressado à Europa.

Segundo a lei brasileira, os responsáveis por transporte de carga ilícita desta natureza poderão responder pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico. A pena, em cúmulo jurídico, pode chegar a 25 anos de prisão.