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Bale demorou 68 segundos a mostrar que os métodos de José Mourinho "são doutrina": Tottenham consegue segunda maior goleada na Premier

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Técnico português mostrou-se tranquilo perante a pressão dos resultados e tinha razões para isso: Tottenham somou segunda goleada por 4-0 frente ao Burnley com Gareth Bale em plano de destaque.

Gareth Bale regressou aos bons velhos tempos com dois golos e uma assistência na goleada do Tottenham ao Burnley
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Gareth Bale regressou aos bons velhos tempos com dois golos e uma assistência na goleada do Tottenham ao Burnley

DANIEL LEAL-OLIVAS

Gareth Bale regressou aos bons velhos tempos com dois golos e uma assistência na goleada do Tottenham ao Burnley

DANIEL LEAL-OLIVAS

Burnley, Fulham, Crystal Palace. Após a derrota no dérbi londrino com o West Ham, a posição de José Mourinho como treinador do Tottenham foi colocada em causa como nunca na imprensa e, entre um sucessor anunciado pelo The Telegraph (Julian Nagelsmann) e problemas internos revelados pela The Athletic (críticas ao trabalho feito nos treinos no plano defensivo), sobrava uma espécie de obrigatoriedade de vitória nos quatro encontros que se seguiam no calendário. O primeiro, com o Wolfsberger, terminou em goleada que podia conhecer outros números; agora, começava a série na Premier League. E com cinco derrotas nos últimos seis encontros como contexto.

Um “ganda golo”, duas assistências, o verdadeiro regresso. Mourinho ganhou um jogo e um jogador: Dele Alli

“Vai ser muito difícil chegarmos ao top 4. As seis primeiras equipas estão a conquistar pontos. Vai ser muito, muito difícil. Temos de olhar para a Liga Europa com ambição. Poderá ser uma forma de conseguirmos um lugar na Liga dos Campeões e, ao mesmo tempo, conquistarmos um troféu”, admitiu o técnico português depois do jogo no Estádio Olímpico de Londres frente aos hammers, onde a boa reação da equipa no segundo tempo entre bolas nos postes acabou por ser insuficiente para virar os dois golos de desvantagem. Mas quer essa postura, quer a boa resposta dos jogadores na goleada aos austríacos pareceram dar uma outra força a Mourinho, como se percebeu na antevisão ao jogo em casa com o Burnley deste domingo com a equipa a começar a ronda no no lugar.

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“Com o Wolfsberger foi uma grande exibição da nossa equipa, mais do que tudo. Claro que fico feliz quando qualquer jogador tem boa performance individual, ainda por cima são dois jogadores que não têm tido uma época perfeita. Fico contente”, comentou, abordando também as exibições de Dele Alli, com um golo e duas assistências, e Gareth Bale, que já tinha entrado da melhor forma com o West Ham. “Cada vez estou mais equilibrado e mais humilde mas se tiver de perder um pouco dessa humildade não me importo. Os meus métodos são doutrina, são usados e estudados em todo o mundo, a minha metodologia faz parte da história recente do futebol, as pessoas seguem-na. Não me tornei treinador por geração espontânea, foi por muitas razões e com muito atrás de mim, desde formação académica a experiência. Anos rodeado pelos melhores, com bons assistentes”, destacou.

Também por isso, pressão é algo que passa ao lado do técnico. “O problema é quando não sentimos pressão. Senti problemas quando não tinha pressão, quando estive em casa por alguns meses. Para nós, treinadores, a pressão torna-se oxigénio, é a nossa vida. Não acredito que haja um treinador no mundo sem objetivo e sem qualquer tipo de pressão. O que me mantém acordado à noite? Só há uma noite em que não durmo bem, a noite de um jogo. E não tem nada a ver com o resultado, acredito que é apenas adrenalina de ser dia de jogo. Fica difícil dormir bem. Mas se não for dia de jogo, durmo como um anjo”, explicou na antecâmara do encontro. E se não tem problemas para dormir, este domingo terá ainda menos. Pelo contrário: o Tottenham arrancou os melhores 45 minutos da época frente ao Burnley e abriu caminho para a segunda maior goleada na Premier League (4-0), apenas superada pela vitória expressiva que a equipa conseguiu no início da época em Old Trafford com o Manchester United (6-1).

Mantendo apenas Alderweireld em relação à goleada ao Wolfsberger, os spurs demoraram apenas 68 segundos a colocarem-se em vantagem, com Gareth Bale a aparecer da melhor forma na área a dar o melhor seguimento numa antecipação após cruzamento de Son. Pouco depois, Harry Kane ameaçou o segundo com remate que saiu a rasar o poste mas o aviso estava feito e o avançado marcou mesmo, na sequência de um grande passe longo de Bale (15′). E ainda antes do intervalo chegou o 3-0, agora por Lucas Moura, recebendo na área de pé direito e rematando de pé esquerdo depois de um cruzamento na esquerda de Reguilón (31′). A realização focava Daniel Levy, dono do Tottenham, Gareth Bale e José Mourinho. Percebia-se bem o porquê dessa imagem com a convincente exibição.

[Clique nas imagens para ver os golos do Tottenham-Burnley em vídeo]

O ritmo caiu muito na segunda parte, com o Tottenham a controlar a partida e a deixar-se algumas vezes levar pelo jogo mais físico do Burnley mas ainda foi a tempo de aumentar a vantagem, com Gareth Bale a receber o passe de Son em mais uma transição, a fazer a diagonal para o meio e a rematar de pé esquerdo sem hipóteses para Nick Pope (55′), guarda-redes que tem sido apontado aos spurs como sucessor de Lloris e que acabou por ser o melhor dos visitantes, evitando uma goleada com números ainda mais expressivos em Londres.

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