A 4ª edição da Bienal Internacional de Arte Gaia tem regresso marcado para o dia 17 de abril e a Quinta da Fiação, em Lever, terá a maior área de exposição de sempre em Vila Nova de Gaia. Os 6000 metros quadrados vão receber 13 exposições de mais de 500 artistas, oriundos de 17 nacionalidades. No resto do país, haverá mais oito espaços de exposição que levam a iniciativa a Alfândega da Fé, Esposende, Funchal, Gondomar, Monção, Santa Marta de Penaguião, Viana do Castelo e Vila Flor.

Um dos destaques da Bienal Internacional de Arte Gaia 2021 é a exposição “Novos Orientes”, da autoria dos arquitetos Álvaro Siza e Carlos Castanheira que, sob a curadoria de Manuel Novaes Cabral, leva a Vila Nova de Gaia o projeto MoAE — Museum of Art Education, em Huamao, em Ningbo, China, que recentemente arrecadou o Prémio Archdaily, na categoria Cultural Architecture Building of the Year 2021.

“O Coronavírus não destrói a criatividade” é uma exposição que reúne a perspetiva de 176 artistas de oito países sobre reações e consequências da pandemia, a par do “Novo Dicionário Covid”, uma mostra com a curadoria de António Rocha. “A Democracia é uma obrigação de todos os dias” é o trabalho que junta 25 artistas plásticos e 25 escritores para mostrar 25 obras de abril e conta com curadoria do escritor de Vila do Conde Valter Hugo Mãe.

Ilda Figueiredo, vereadora da CDU na Câmara Municipal do Porto, será curadora da exposição “Paz e Constituição”, no ano em que se comemoram 45 anos da Constituição da República. Jorge Marinho vai abordar o tema da violência doméstica na exposição individual “Vidas Marcadas”, enquanto Humberto Nelson irá reunir obras que defendem várias abordagens em “Museu de Causas/Coleções Agostinho Santos”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Provando que pretende ser uma iniciativa cada vez mais internacional, a Bienal apresenta vários concursos, aos quais concorreram 212 artistas de 17 nacionalidades, e “Infinitudes de Luz”, uma mostra coletiva de artistas japoneses com curadoria de Filipe Rodrigues. A poucos quilómetros do epicentro do evento, no Mosteiro de São Salvador de Grijó, a exposição coletiva “Amoris Laetitia/A alegria do amor” está patente entre 16 de julho e 16 de setembro e tem como curadores António Coelho e Bruno Marques.

Até 10 de julho, a antiga Companhia de Fiação de Crestuma volta a ser um polo cultural numa edição que homenageia o artista plástico Albuquerque Mendes na exposição antológica “EU, Albuquerque Mendes – Obras na Coleção de Serralves”, cuja curadoria pertence a Paula Pinto.

No programa consta ainda a exposição coletiva “Artistas Convidados”, “na qual alguns dos maiores nomes da arte contemporânea dialogam com jovens artistas” numa curadoria do diretor do evento, Agostinho Santos, que integra ainda debates, colóquios, ateliês e outras iniciativas culturais e recreativas.

“A quarta edição da Bienal Internacional de Arte Gaia 2021 acontece num ano desafiante em que os artistas são chamados a expressar emoções e reações à pandemia, ao confinamento, ao impacto do coronavírus na nossa sociedade”, destaca Agostinho Santos em comunicado.

O diretor da iniciativa cultural acrescenta que “a vida mudou, o mundo parou, mas a arte não deixou de acontecer, de expressar, de reagir. E a prova disso é o apoio da Direção Geral das Artes, pela primeira vez, num ano em que realizamos a maior edição de sempre, com mais espaço de exposição, novos polos em diferentes cidades e abordagens mais ambiciosas.”