Francisco Conceição foi lançado em todas as segundas partes dos jogos de Portugal na fase final do Europeu Sub-21 e em todos eles conseguiu acrescentar algo à equipa: frente à Croácia, conseguiu mexer com a exibição da equipa mais pela ala e ajudou ao triunfo pela margem mínima; diante da Inglaterra, apareceu mais vezes pelo corredor central e fez a primeira zona de pressão que viria depois a resultar na transição para o primeiro golo; agora, com a Suíça, saltou do banco para a bola a Van der Werff e desviou do guarda-redes helvético já em desequilíbrio para fazer o 3-0 final. E com isso deu outro colorido a uma semana de sonho na estreia na categoria.

Que bom que é ver Daniel Bragança jogar à bola: Portugal dá novo recital, vence Suíça e está nos quartos do Europeu Sub-21

Aos 18 anos, o extremo do FC Porto foi pela primeira vez chamado ao escalão e logo numa fase final, tornando-se com o golo apontado frente à Suíça como o jogador mais novo de sempre a marcar por Portugal em Europeus Sub-21, superando o registo que pertencia ao antigo médio Hugo Viana, seguido de João Moutinho, Hélder Postiga e Hugo Almeida. No final, Francisco Conceição mostrou o orgulho pelo registo mas colocou o foco no coletivo, destacando a qualidade da equipa nacional que permitiu o apuramento para os quartos só com vitórias.

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“Fizemos uma exibição muito boa, foi um jogo muito bem conseguido da nossa parte. Conseguimos uma excelente vitória, que é inteiramente justa por aquilo que fizemos nas duas partes, e demonstrámos em todos os jogos a nossa qualidade. Penso que merecemos esta passagem aos quartos de final. Ser o mais jovem a marcar deixa-me muito orgulhoso mas não penso muito nisso. Prefiro realçar o trabalho de toda a equipa nestes três jogos e a passagem à próxima fase”, começou por comentar o jogador, que no último mês se tornou o segundo mais novo de sempre a jogar pelo FC Porto na Liga dos Campeões, em declarações na zona de entrevistas rápidas.

“O trabalho em equipa fez com que conseguíssemos estas três vitórias sem sofrer golos. Demonstrámos que somos muito fortes. A partir de agora, o nosso objetivo é ir jogo a jogo e pensar no que podemos fazer para ultrapassar o próximo adversário. Não adianta estarmos a pensar mais à frente se não conseguirmos vencer o jogo seguinte. Ao longo desta competição fomos mostrando que os portugueses têm muita qualidade e que, se acreditarmos em nós, poderemos conquistar grandes coisas”, acrescentou o extremo portista de 18 anos, numa opinião secundada da mesma forma pelo selecionador nacional, Rui Jorge, que levou os Sub-21 a uma final em 2015.

“Não sei se foi a exibição mais completa. O jogo com Inglaterra também foi muito bem conseguido, tal como a segunda parte com a Croácia. Seria injusto estar a catalogar um jogo como o melhor desta fase. Estivemos bem de uma forma geral e tem de ser assim para termos resultados. Estamos muito satisfeitos com o que fizemos ao longo dos três jogos, deixámos uma belíssima imagem. É um sossego para um treinador ver esta equipa jogar. O recital que viram de fora foi o recital que vi do banco. Disse isso aos jogadores. É um deleite vê-los jogar daquela forma. Com a qualidade individual dos jogadores, quando conseguem em tão pouco espaço jogar de forma tão simples e com tanta segurança, o treinador só tem de desfrutar o que está a ver. Foi o que fiz e o que muitos portugueses fizeram. Tivemos momentos muito bons mesmo. Demonstraram a qualidade que têm, agiram coletivamente e com um pensamento comum. Concedemos muito poucas oportunidades de golo aos adversários. Vimos momentos de desespero da Suíça para tocar na bola. Há muito mérito”, comentou o técnico.