A Mini tem no Cooper SE o seu primeiro veículo eléctrico. A ênfase do modelo inglês propriedade dos alemães da BMW está na potência, anunciando 184 cv e 0-100 km/h em 7,3 segundos, pois em autonomia figura entre os mais comedidos do mercado, ficando-se pelos 234 km entre recargas.

Agora a Mini tem outras responsabilidades, ao tornar-se no safety car que abre as corridas de Fórmula E, o que levou a marca a conceber uma versão mais apimentada, que denominou Mini Electric Pacesetter. Sem que o construtor especifique as alterações mecânicas ou o novo nível de performances, tudo indica que será capaz de manter os Fórmula E atrás de si, sem que os modelos de competição façam um grande sacrifício, o que passa por incrementar a velocidade máxima, que no Cooper SE é de apenas 150 km/h.

Mas onde a marca britânica brilha a grande nível é na componente estética, pois o Mini a bateria assume soluções mais exuberantes e agressivas do que as que embelezam o John Cooper Works. O Mini Electric Pacesetter exibe alargamentos de guarda-lamas produzidos com recurso a impressoras 3D, a partir de fibra de carbono, o mesmo acontecendo com a asa traseira particularmente vistosa, especialmente agora que está adornada pelas luzes necessárias para informar pilotos e público.

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Por dentro, este Mini abre mão da maioria dos elementos de conforto, estando reduzido ao mínimo para poupar peso. É visível no interior um roll-bar completo, baquets de competição e cintos de segurança de seis apoios. A zona central do tablier, onde habitualmente surge o ecrã que incorpora o sistema de navegação e de multimédia, aparece agora tapada com uma tampa em carbono, onde é possível ler “Be Safe Stay Healthy”, tudo porque a palavra de ordem é a dieta e o sistema de navegação e o rádio não têm razão de existir num safety car.

De acordo com a Mini, o peso do carro que vai liderar os Fórmula E deverá rondar 1230 kg, menos 130 kg do que o Cooper SE, com a potência a manter-se nos 184 cv. Porém, o peso inferior garante-lhe superar os 100 km/h em 6,7 segundos, o que não deixa ninguém boquiaberto, mas melhora os 7,3 segundos originais. Falta apenas saber se há novidades ao nível da bateria, pois caso seja a de origem é provável que os 234 km de autonomia baixem consideravelmente no ritmo mais vivo que terá de manter, quando os Fórmula E seguirem atrás de si.

O Mini Electric Pacesetter será conduzido durante as provas pelo piloto português Bruno Ricardo Sobreiro Correia. A estreia em competição terá lugar a 10 de Abril, durante o GP de Roma, naquela que será a segunda corrida da presente época da competição que, em 2021, tem pela primeira vez o estatuto de campeonato do mundo.

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