Os resultados são ainda muito preliminares, mas há esperança de que possam estar a caminho boas notícias no combate ao cancro, especificamente no cérebro. Um ensaio clínico realizado no Reino Unido parece mostrar que uma nova combinação de quimioterapia e medicamentos de imunoterapia traz resultados animadores para os doentes com este tipo de tumor.

Segundo relata o The Guardian, a experiência realizada no Institute of Cancer Research e no hospital Royan Mardsen, em Londres, mostra que dois pacientes com um tipo de cancro no cérebro — glioblastoma — em estado avançado reagiram bem ao tratamento experimental, sendo que num dos casos o tumor parece ter “desaparecido”.

O glioblastoma, o mesmo tipo de cancro que vitimou o antigo senador norte-americano John McCain ou o filho do presidente americano, Joe Biden, Beau Biden, é uma doença grave e com poucas hipóteses de sobrevivência. Mas, nesta experiência, os médicos registaram que houve uma boa resposta dos pacientes (houve dez que entraram nesta fase dos ensaios clínicos), resposta essa que não é habitual, dada a complexidade do tumor.

Segundo o jornal britânico, este tratamento combina um medicamento de imunoterapia, atezolizumab, e um medicamento novo que poderá “revelar” os tumores ao sistema imunitário, o ipatasertib, abrindo caminho para que o primeiro remédio consiga fazer efeito e combater estes tumores, particularmente agressivos.

É essa combinação que, segundo a líder deste ensaio, pode fazer com que alguns cancros no cérebro se tornem vulneráveis em relação ao medicamento para a imunoterapia, que “até agora não tinha resultado” neste tipo de tumores. “Acreditamos que os nossos resultados abrem a porta a mais desenvolvimentos para o que pode tornar-se um tratamento revolucionário”, sublinha Juanita Lopez, em declarações ao The Guardian.

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