Artur Soares Dias foi nomeado para o Euro 2020. O árbitro de 41 anos da Associação de Futebol do Porto vai representar a arbitragem portuguesa no próximo Campeonato da Europa em conjunto com os assistentes Rui Licínio e Paulo Soares e ainda João Pinheiro, que vai exercer as funções de VAR.
“Artur Soares Dias foi esta quarta-feira nomeado pela UEFA para ser um dos árbitros a marcar presença na fase final do Campeonato da Europa, que se realiza neste ano de 2021. O árbitro português, que em maio de 2018 foi promovido à categoria de Elite, será acompanhado naquela grande competição pelos assistentes Rui Licínio e Paulo Soares”, pode ler-se no comunicado divulgado esta quarta-feira pela Federação Portuguesa de Futebol.
Aos 41 anos, Soares Dias, que chegou à categoria de árbitro internacional em 2010, prepara-se para marcar presença na quinta grande competição da sua carreira, depois do Campeonato do Mundo de Sub-20, em 2015, do Campeonato do Mundo de Sub-17, em 2017, além da Taça das Confederações de 2017, do Mundial de Clubes em 2017 e do Campeonato do Mundo de 2018, onde esteve como VAR.
Em declarações ao site da Federação, o presidente do Conselho de Arbitragem (CA) da FPF, Fontelas Gomes, congratulou-se com a participação dos quatro árbitros portugueses na fase final do Campeonato da Europa. “É com grande satisfação que o Conselho de Arbitragem da FPF assinala a escolha, por parte da UEFA, do árbitro de elite Artur Soares Dias e dos árbitros auxiliares Rui Licínio e Paulo Soares para a fase final do Euro 2020”, pode ler-se.
“O CA congratula-se também com a chamada de João Pinheiro para a função de vídeo-árbitro. Esta nomeação é o resultado do trabalho dos quatro em Portugal e nas competições europeias. Mas é também um prémio para todos os árbitros do quadro C1 e para os que diariamente se ocupam do treino e formação de quem dirige jogos ao mais alto nível no nosso País. Nesta hora particularmente feliz para a arbitragem nacional, o CA não pode deixar de lembrar o investimento que tem sido feito, ao longo de anos, pela Federação Portuguesa de Futebol, garantindo assim as condições de trabalho de excelência que são colocadas ao dispor dos árbitros. A escolha da UEFA não pode deixar de ser entendida como um voto de confiança e um atestado de qualidade”, acrescenta Fontelas Gomes, que indica ainda que este é um voto de confiança nos quatro árbitros selecionados mas também na “qualidade da arbitragem portuguesa”.
“Um sinal de que a qualidade da arbitragem portuguesa é apreciada por quem tem de escolher os melhores da Europa para as suas provas. Isto, de resto, tem sido notório nas últimas épocas, com o crescente número de árbitros internacionais, agora 36, o que nos coloca entre os 8 países do mundo com mais internacionais, e em quinto lugar a nível europeu. Para além disso, o número de nomeações internacionais também tem vindo a crescer ao longo dos anos, tendo atingido as 83 na época passada. Esta escolha é, também, uma oportunidade de reflexão para todos os agentes desportivos nacionais e demais observadores do futebol. O crescimento dos árbitros portugueses é tão mais elogiável quanto acontece num ambiente quase sempre hostil, em que as boas atuações são ignoradas e as falhas empoladas a um ponto que, mais do que prejudicar a arbitragem, atinge gravemente a credibilidade do futebol e das competições, como de resto se verifica pelo lamentável número de punições disciplinares. Este é o tempo de olhar para a arbitragem portuguesa como ela merece ser olhada: com respeito e confiança pelo trabalho realizado e que está a ser reconhecido pelas entidades internacionais”, termina.