O triunfo do Sporting no Estádio Municipal de Braga na noite de domingo continua a dar muito que falar entre ambos os clubes, com acusações de provocações, agressividade e seguranças à paisana para criar confusão. No entanto, esses episódios não ficaram apenas resumidos ao que se passou na zona dos camarotes do recinto, como já tinha sido abordado por António Caldas esta segunda-feira: segundo o jornal Record, entre os vários incidentes relatados pela polícia e pelos delegados da Liga esteve também a colocação de imagens de festa por parte dos elementos do Sporting no corredor de acesso ao seu balneário na Pedreira, algo que gerou confusão depois do pedido dos responsáveis da casa para que esses adereços fossem retirados até por danificarem a existente.

“Estavam completamente fora de si, transtornados”: António Caldas explica o que se passou com Amorim e Viana nos camarotes em Braga

“O Sp. Braga não conseguiu ganhar ao Sporting e não sabe perder. Estão a 15 pontos do Sporting mas tem de haver limite para as táticas de clube de bairro pequeno nos anos 80. Nesse jogo a comitiva do Sporting não pôde usar o elevador e teve de usar as escadas mas agradeço a motivação extra que nos deram. Depois, a comitiva presidencial ficou num camarote e não na tribuna como mandam os regulamentos. Sei que há a situação da Covid-19 mas espero que a liga esteja atenta. Depois, o Rúben Amorim foi colocado num camarote na ponta direita do estádio e não contentes com isso ainda colocaram o António Caldas e mais 10 elementos da Next ao lado. Não sei se outros camarotes estavam em obras. Quando o jogo começou houve provocações e depois as pessoas reagem”, contou o diretor de comunicação, Miguel Braga, no programa “Raio-x” da Sporting TV.

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“Todos sabemos como funcionam certos clubes, houve uma troca de palavras e mais nada. A polícia não foi identificar o Hugo Viana, é só mais uma mentira, só pediram ao Rúben Amorim para usar a máscara. Tudo não passa de um episódio de mau perder”, acrescentou ainda o responsável do clube verde e branco, que relativizou as acusações de António Caldas, antigo treinador dos arsenalistas e comentador da Next (canal online do clube bracarense) que deixou vários reparos à conduta e às palavras não só do treinador Rúben Amorim mas também, ou sobretudo, do diretor desportivo, Hugo Viana. “Quis ter os seus 15 minutos de fama…”, disse.

O pedido de Amorim: “É uma prova para toda a gente do Sporting. Sei que estão a sofrer, compreendo, mas tem de ser jogo a jogo…”

“O diretor de comunicação do Sporting das duas uma: ou mente de forma deliberada ou então tem graves lapsos de memória”, apontou ainda na noite de segunda-feira Alexandre Carvalho, diretor de comunicação da equipa minhota, entre mais pormenores sobre os comentários de Miguel Braga e o que aconteceu na Pedreira.

“O SCP solicitou 12 credenciais para os camarotes, as quais foram dadas sem exigir sequer os nomes. Dessas 12 pessoas, seis eram seguranças à paisana, que só estavam naquele local para criar confusão, fazer barulho e insultar tudo e toda a gente. Trabalho alcançado, aliás; foram atribuídos ao SCP dois camarotes centrais, entre o sítio onde está sempre a NEXT e a tribuna presidencial. Camarotes isolados e sem a presença do nosso staff, que estava colocado no lado oposto da bancada. Mais uma mentira, portanto; dizer que Hugo Viana não tentou agredir ninguém é, no mínimo, para rir: alguém que irrompe por um sala fechada, se dirige de dedo em riste e com ar irado para outra pessoa e lhe encosta o peito vai, de certeza, convidá-la para um pacato jantar à luz das velas…; nem uma vitória alcançada da forma que foi chega para esconder a pequenez de certas pessoas…”, escreveu o responsável pela comunicação dos minhotos na sua conta do Twitter.

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“Tão importante como saber perder, é saber ganhar. Esta velha máxima do desporto aplica-se na sua plenitude ao encontro de domingo, da mesma forma que se aplicaria à final da Taça da Liga. O que se passou nos camarotes do Estádio Municipal de Braga não foi novidade para nenhum dos presentes, pois este tipo de comportamento de provocação constante e agressividade raivosa já tinha sido amplamente demonstrado nos dois anteriores jogos com o Sporting. No entanto, em Braga foram ultrapassados limites que devem envergonhar não apenas os autores dos atos em causa (os quais foram imediatamente reportados às autoridades e posteriormente detalhados por António Caldas), mas também toda a estrutura que os comparticipa e estimula de forma direta ou indireta”, acusa esta terça-feira a newsletter semanal do Sp. Braga sobre o tema.

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