As marchas populares em Lisboa, que habitualmente decorrem no mês de junho, estão suspensas “tendo em conta o atual contexto pandémico e devido às restrições de saúde pública que ainda se mantêm”, anunciou esta quinta-feira a Câmara Municipal de Lisboa (CML), em comunicado.
A CML está ciente do impacto não apenas económico, mas também social e emocional, nas famílias e comunidades diretamente envolvidas, que provoca a não realização deste momento ímpar na vida cultural da cidade”, lê-se no documento.
Por isso, a autarquia decidiu, “para minorar o prejuízo económico” atribuir “a cada entidade organizadora das marchas o valor correspondente a metade do subsídio habitual (15.000 euros)”, com a convicção de que “o retomar das marchas populares, em segurança, acontecerá ainda com mais ânimo”.
Tal como em 2020, também os casamentos de Santo António vão ser cancelados, avançou o Diário de Notícias, acrescentando que a decisão sobre os arraiais ainda não está tomada. Segundo o jornal, o princípio a adotar será o da “precaução” e por isso, as normais festas de rua deverão também limitar-se apenas a “alguns espetáculos, ou ao ar livre ou em espaços fechados”, que serão organizados pela EGEAC (empresa responsável pela gestão de alguns eventos culturais da cidade, como as Festas de Lisboa).
Já no ano passado a autarquia tinha cancelado as marchas populares de Lisboa — que se realizam desde o século XVIII, mas têm uma vertente competitiva desde 1932 —, bem como os arraiais de Santo António, ambos integrados nas festas da cidade, devido à pandemia.
Na véspera do dia de Santo António, milhares de pessoas participam habitualmente nas festas, inclusive para assistir ao desfile das marchas, na Avenida da Liberdade.
O cancelamento das marchas em 2020 tinha determinado que o tema “Amália Rodrigues”, celebrando o centenário do nascimento da fadista, transitasse para a edição de 2021, “permitindo que todo o trabalho realizado (arcos, cenografia, figurinos) pudesse ser rentabilizado no próximo ano”.