A mudança do modelo competitivo do Campeonato de hóquei em patins teve o condão não só de aumentar a emoção em torno da prova mas também de multiplicar os duelos diretos entre os principais candidatos ao título, tanto que dois encontraram-se logo nos quartos, com o Benfica a dar a voltar à derrota inicial no jogo 1 na Luz e a vencer os encontros seguintes diante da Oliveirense. Seguia-se o FC Porto, que passou com tranquilidade a Juventude de Viana com dois triunfos. E seguia-se mais um triunfo a mostrar o crescendo dos encarnados.
Depois de uma fase regular em que a equipa de Alejandro Domínguez cedeu vários pontos inesperados (não ganhou nenhuma das partidas com o Riba D’Ave, por exemplo, que terminaria num dos últimos lugares), a fase de grupos da Liga Europeia, com duas vitórias inequívocas com o Liceo e o Barcelona, mostrou um Benfica revigorado, com muito mais soluções ofensivas e capaz de se mostrar nos momentos chave da temporada. Mais uma vez, foi isso que aconteceu no Dragão. E as águias conseguiram quebrar um jejum de triunfos em jogos a contar para o Campeonato na Invicta que já vinha desde dezembro de 2014, desta vez com um 7-5.
Os encarnados tiveram uma entrada verdadeiramente alucinante, com três golos em cinco minutos e mais dois até ao décimo minuto: Valter Neves inaugurou o marcador num remate fantástico ao ângulo após recarga logo aos 40 segundos, Ordóñez aumentou para 2-0 numa saída rápida aproveitando a escorregadela de Gonçalo Alves com assistência de Valter Neves (4′), o mesmo Valter Neves fez o 3-0 numa transição pela esquerda em que conseguiu rematar por baixo de Xavi Malián deixando o guarda-redes mal na fotografia (4′), Ordónez também bisou em mais um contra-ataque que nasceu numa oportunidade flagrante para os azuis e brancos (7′), Carlos Nicolía fixou o 5-0 num lance com muita sorte que teve Ezequiel Mena a tocar para a própria baliza (8′).
Tudo corria mal ao FC Porto, que além de um número anormal de quedas e de perdas de bola sem remate tinha lances como o do quinto golo dos visitantes em que o argentino tentava recuperar posição e acabou por levar com a bola defendida por Xavi Malián, desviando-a para a própria baliza. Guillem Cabestany tentava acalmar a equipa com paragens técnicas mas era necessário sobretudo um golo para mexer com uma partida que estava a ser gerida da melhor forma pelas águias, sempre em busca das saídas rápidas para aumentarem a vantagem. E foi isso que aconteceu nos minutos finais antes do intervalo, com Gonçalo Alves a marcar o 5-1 após um roubo de bola na zona do meio-campo (20′), Reinaldo Garcia a reduzir para 5-2 num 2×1 com Xavi Barroso (23′) e Pedro Henriques a evitar por duas ocasiões o golo de Gonçalo Alves na sequência da décima falta (24′).
O segundo tempo começou com a esperada pressão dos dragões em busca de um terceiro golo que reabrisse de novo a partida mas a falta de eficácia adiou esse objetivo quase metade da etapa complementar, altura em que Gonçalo Alves aproveitou a 15.ª falta dos encarnados para fazer o 5-3 e Carlos Nicolía, no mesmo minuto, marcou o 6-3 também de livre direto pela décima falta dos azuis e brancos (37′). Voltava tudo à estaca inicial antes de novo golo de bola parada, mais uma vez por Gonçalo Alves após um cartão azul muito contestado a Rampulla (39′), e de nova resposta do Benfica, com Diogo Rafael a aproveitar uma grande jogada de Edu Lamas para fazer um remate cruzado quase sem ângulo onde Xavi Malián voltou a não ficar bem no lance (41′). O máximo que os dragões conseguiriam ainda fazer foi reduzir a 20 segundos do final com um grande golo de Carlo Di Benedetto, antes de Xavi Malián travar um livre direto de Nicolía pela 15.ª falta dos visitados.
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