Enquanto consumidores, a melhor forma que temos de mostrar respeito pelo planeta diariamente é fazendo escolhas o mais sustentáveis possível. Felizmente, esta já é uma preocupação de cada vez mais pessoas, e esta tendência eco-friendly já se faz notar no nosso estilo de vida, mas também nos produtos que encontramos nas prateleiras de supermercado. É o caso dos inúmeros produtos alimentares em embalagens da Tetra Pak. Estas embalagens são uma boa opção quando o objetivo é fazer uma escolha mais “amiga do ambiente”: são maioritariamente feitas a partir de cartão, uma matéria-prima renovável que é certificada pelo FSC® (Forest stewardship Council®). Outra grande vantagem é que também têm um papel importante na luta contra o desperdício alimentar, pois permitem uma melhor conservação dos alimentos, que não necessitam de refrigeração até serem abertos. Mas a Tetra Pak não se fica por aqui e está a trabalhar para melhorar ainda mais o perfil ambiental das suas embalagens. Explicamos-lhe tudo.

O material cartão

Do ponto de vista ambiental, o papel tem inúmeras vantagens relativamente a outros materiais de origem fóssil, pois, se bem gerido, não se esgota na natureza. Também é importante garantir que o papel utilizado provém de florestas geridas de forma responsável e devidamente certificadas. Quanto à pegada de carbono, as embalagens de cartão também têm vantagens em relação a outras soluções. Estudos demonstram que, em comparação com outras alternativas, as embalagens de cartão da Tetra Pak têm uma pegada de carbono mais baixa ao longo do seu ciclo de vida.

Em que produtos é usado o cartão?

As embalagens da Tetra Pak são utilizadas em inúmeros produtos alimentares e a probabilidade de ter algumas delas na sua despensa é grande. Se estas embalagens são tão usadas no nosso quotidiano e estão presentes na casa de milhões de pessoas, é importante que tenham o melhor perfil ambiental possível e, assim, um impacto mínimo no ambiente. A Tetra Pak está a tratar disso e não é só de agora. De olhos postos na sustentabilidade, o fabricante de embalagens atua em várias frentes, como promover a reciclagem das embalagens, reduzir as emissões de CO2 ao longo do seu ciclo de vida e utilizar matérias-primas renováveis, geridas de forma responsável.

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Uma embalagem com menos emissões

As emissões de gases com efeito de estufa são a principal causa das alterações climáticas. Unir esforços para limitar o aumento da temperatura do planeta é mais importante do que nunca. A Tetra Pak está ciente desta urgência e, por isso, no ano passado estabeleceu dois objetivos: alcançar a meta de zero emissões líquidas na totalidade das suas operações até 2025, e a ambição para toda a cadeia de valor até 2030. E como pretende fazê-lo? Atuando de várias formas. Uma delas passa por implementar medidas de conservação de energia e melhoria de eficiência energética, como a instalação de painéis solares. Todas as fábricas de material de embalagem presentes na União Europeia estão já a utilizar eletricidade 100% renovável. Além disso, a Tetra Pak promove a ação conjunta, associando-se a fornecedores e outras partes interessadas ao longo da sua cadeia de valor, para reduzir de forma significativa a pegada de carbono. O desenvolvimento de embalagens e de equipamentos mais sustentáveis é também fundamental para este objetivo, pelo que a marca procura soluções cada vez melhores e ajuda clientes a alcançarem os seus objetivos no que toca à redução de emissões.

Infografia: Carlos Rocha

Por fim, garantir que há um esforço conjunto em todas as áreas envolvidas na produção de embalagens para que estas sejam cada vez mais recicladas. Para isso, é preciso que consumidores, clientes, empresas de gestão de resíduos, empresas de reciclagem, municípios, associações industriais e fornecedores de equipamentos trabalhem juntos para atingir esse objetivo. É, contudo, importante salientar que esta preocupação em reduzir as emissões não é só de agora, estando presente desde a fundação da Tetra Pak. Face a 2010, a empresa reduziu as emissões de carbono em toda a sua cadeia de valor em 11%, acima daquilo que tinha estabelecido como meta.

Já ouviu falar de plástico de origem vegetal?

O cuidado com o perfil ambiental das embalagens da Tetra Pak começa na escolha das matérias-primas utilizadas. A maior parte dos materiais utilizados são renováveis, o que significa que, desde que bem geridos, não se esgotam na natureza. A Tetra Pak utiliza cada vez mais plástico de origem vegetal nas suas embalagens, proveniente da cana-de-açúcar, com certificação Bonsucro. As embalagens Plant-based (que utilizam plástico de origem vegetal) da Tetra Pak contam com um cálculo certificado das emissões de carbono, que comprova a redução das emissões face às embalagens standard. Este trabalho foi reconhecido pela Carbon Trust, que premeia as melhores práticas e atribuiu à Tetra Pak um prémio na categoria Product Footprinting. Além destes esforços, a Tetra Pak tem ainda registado avanços notáveis na incorporação de plástico reciclado, não recorrendo 100% a matérias-primas virgens. Posto isto, até 2025, a Tetra Pak pretende incorporar, no mínimo, em média 10% de plástico reciclado nas suas embalagens vendidas em território europeu.

Cartão de florestas certificadas

A preocupação em usar materiais sustentáveis não se fica pelo plástico. Uma vez que o cartão é um dos principais constituintes das embalagens da Tetra Pak, é importante que também ele tenha origem responsável. E é o caso. O cartão utilizado nestas embalagens é proveniente de florestas geridas de forma responsável, tendo por isso certificação FSC (Forest Stewardship Council) [FSC® C014047]. Isto permite não só proteger as florestas, mas também os animais que fazem dela o seu habitat, e as populações que precisam delas para subsistir. Juntando estes dois materiais eco-friendly — o cartão certificado e o plástico de origem vegetal —, “nasceu” a Tetra Rex Plant-Based, a primeira embalagem da marca produzida com materiais unicamente de origem vegetal.

A reciclagem de embalagens

A Tetra Pak reconhece a importância da reciclagem. Por isso, entre 2012 e 2019, investiu mais de 23 milhões de euros em infraestruturas de recolha e reciclagem de embalagens. Depois de usar a sua embalagem da Tetra Pak, deve colocá-la no ecoponto amarelo. Esta seguirá para reciclagem, em que é possível separar as fibras de cartão das restantes camadas de polietileno e de alumínio. Com este processo, é mais fácil dar-lhe novas vidas. Enquanto a fibra de cartão pode depois ser utilizada em muitos outros tipos de produtos de papel, como bolsas, sacos, estojos e caixas de cartão, o alumínio e polietileno podem ser usados no fabrico de produtos de plástico, como, por exemplo, paletes, escovas, bandejas, baldes ou cercas. Para ter uma ideia, em 2019 foram recicladas 50 mil milhões de pacotes de bebidas. Agora, tente imaginar a quantidade de novos objetos que foram feitos a partir delas.

Combater o desperdício alimentar é uma questão de sustentabilidade

Uma grande percentagem dos alimentos produzidos a nível mundial acaba no lixo, o que se traduz num grande desperdício de recursos, com um impacto significativo no planeta. Parte de cada um de nós fazer uma boa gestão em termos de consumo, com um maior planeamento das refeições, que permita comprar apenas aquilo que for necessário e com a adoção de alguns hábitos, como colocar à vista os alimentos que estão no fim da validade (este gesto aumenta a probabilidade de os comermos antes de isso acontecer). Contudo, o embalamento dos alimentos também é fundamental na sua preservação. Graças à composição das embalagens da Tetra Pak, que têm uma película fina de alumínio que protege os alimentos da luz e do ar, os produtos alimentares podem ser armazenados durante vários meses, sem necessidade de conservantes ou refrigeração (pelo menos até a embalagem ser aberta), o que se traduz numa grande poupança de energia.

Como vai ser a embalagem do futuro?

Garantir a segurança alimentar é uma das prioridades da Tetra Pak. Tendo isto em consideração e todo o percurso que tem feito na área da sustentabilidade, a marca está sempre à procura de formas de tornar as suas embalagens mais sustentáveis. Atualmente, as suas embalagens para alimentos líquidos contêm uma percentagem mínima de plástico, de forma a garantir a sua impermeabilização. Se fossem compostas só por cartão, este acabaria por humedecer e desintegrar-se. O objetivo futuro passa por reduzir ainda mais o plástico e eliminar o alumínio, e ao mesmo tempo aumentar a quantidade de cartão, que já é de 70%. Além disso, a empresa de embalagens pretende que todas as matérias-primas utilizadas sejam totalmente renováveis ou recicladas, obtidas de forma responsável, neutras em carbono e 100% recicláveis. Basicamente, pegar na embalagem que produzem atualmente e torná-la ainda mais sustentável. Isto sem nunca deixar de priorizar a integridade do produto, claro.


FSC: uma certificação amiga das florestas

Em 4 questões, Joana Faria, Diretora Executiva no FSC, explica o que é o FSC e a importância desta certificação para que possamos viver mais em consonância com o ambiente:

1. O que é a certificação FSC®?

A certificação florestal FSC® é um processo voluntário e independente que permite uma gestão ambientalmente adequada, socialmente benéfica e economicamente viável das florestas no mundo inteiro.

Esta certificação tem por base os Princípios e Critérios do Forest Stewardship Council®, uma Organização sem fins lucrativos e de âmbito internacional, que promove uma gestão florestal responsável.

Através da certificação FSC, asseguramos que os produtos são provenientes de florestas, e outras origens, bem geridas (por exemplo, material reciclado), e, desta forma, conseguimos atender os direitos sociais, ecológicos e económicos e as necessidades da presente geração, sem comprometer as gerações futuras.

2. De que forma esta certificação protege o Ambiente?

Como referido, a certificação FSC tem por base os Princípios e Critérios do Forest Stewardship Council®, que descrevem os elementos essenciais ou as regras de uma gestão florestal, tendo em consideração os três pilares da sustentabilidade – ambiental, económico e social. No FSC, existem dez princípios que definem essa visão e que no seu todo, contribuem para a conservação do ambiente.

Não nos podemos esquecer que as florestas ocupam mais de 30% da área terrestre mundial, e que são a “casa” de muitos animais e plantas, e uma importante fonte de riqueza, de produtos como a madeira, a cortiça, mel, cogumelos entre outros.

Dada esta relevância, as Organizações certificadas têm de cumprir criteriosos requisitos que permitem manter todas estas funcionalidades da floresta. Uma área certificada pelo FSC deve ser vista como um todo, podendo fornecer produtos, como já referido acima, mas também inúmeros serviços, como a conservação da biodiversidade, o sequestro e armazenamento de carbono, a conservação do solo, a qualidade dos recursos hídricos e serviços de recreio e lazer. De uma forma mais simples, podemos, por exemplo, dizer que o ar que respiramos ou a qualidade da água que bebemos, são Serviços de Ecossistemas que provêm das florestas. Dizemos, assim, que estas são florestas multifuncionais, áreas biodiversas que integram os vários recursos naturais disponíveis às várias funções que estes espaços podem ter.

Numa floresta certificada, têm então de ser implementadas inúmeras medidas que permitam manter de forma eficaz, a existência continuada de espécies e da diversidade biológica, através da gestão dos seus habitats, isto significa que será preciso proteger e/ou restaurar áreas que permitam que animais e plantas se possam desenvolver. O FSC vai ainda mais longe não permitindo a conversão de florestas naturais para outros usos, assim como obriga a que pelo menos 10% da área certificada, seja para fins de conservação.

De realçar que a certificação FSC contribui também para uma gestão mais profissional e consequentemente para um maior conhecimento sobre as nossas florestas, permitindo a proteção das áreas de alto valor de conservação. Só assim continuaremos a ter “Florestas para Todos para Sempre”!

3. O que têm as empresas a ganhar ao escolher materiais certificados? Porquê?

A certificação florestal FSC torna possível que empresas e consumidores façam escolhas esclarecidas sobre os produtos florestais que compram, contribuindo para uma mudança positiva através do poder da dinâmica de mercado.

Para esta empresas, a certificação é também um instrumento credível e transparente e a forma de demonstrarem o seu compromisso com um uso responsável dos recursos florestais, tornando-as mais competitivas e eficientes.

A ampla abordagem ambiental, social e económica dos Princípios FSC, também ajuda no cumprimento de 14 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, garantindo que as empresas certificadas, através da promoção de uma gestão florestal responsável, contribuem para a proteção, restauro e promoção do uso sustentável dos ecossistemas terrestres, para o combate à desertificação, degradação dos solos e perda de biodiversidade, bem como para o combate à pobreza, promoção da igualdade, promoção de padrões de produção e consumo, melhores condições de trabalho, combate às alterações climáticas, manutenção de sociedades inclusivas e responsáveis, e parcerias globais.

4. Enquanto consumidores, como podemos garantir que estamos a escolher um produto cuja embalagem contém esta certificação?

Os produtos de origem florestal estão muito mais presentes no nosso dia a dia do que podemos imaginar… Lápis, rolhas, móveis, utensílios de cozinha, livros, revistas e embalagens são alguns deles.

Da plantação de uma árvore à produção destes produtos, são muitos os processos que têm por base a defesa da própria floresta, e, por isso, afirmamos que escolher produtos provenientes de florestas geridas de forma responsável pode fazer a diferença.

Assim, a forma de garantir que as florestas estão a ser bem geridas e que os recursos naturais estão a ser usados de forma consciente, é através da procura do símbolo FSC nos produtos que adquirimos. Comprar produtos com o logótipo FSC é contribuir diretamente para a conservação dos espaços florestais e permitir que o mercado possa ser um incentivo para uma melhor gestão florestal.

Por outro lado, ao escolher produtos certificados FSC, estamos a assegurar que todos os que investiram tempo e recursos numa gestão florestal responsável, e no fabrico ou processamento de produtos florestais, são adequadamente reconhecidos e recompensados.

Cada um de nós é responsável por cuidar das florestas, seja através das boas praticas implementadas no terreno, seja através de um consumo consciente.

A importância dos materiais das embalagens

Ana Isabel Trigo Morais, CEO na Sociedade Ponto Verde (SVP), explica a importância dos materiais das embalagens para o panorama da reciclagem português:

1. O tipo de materiais utilizados numa embalagem influencia a capacidade de reciclagem? Porquê?

Só uma adequada combinação dos princípios de design for recycling consegue garantir que a embalagem vê a sua reciclagem maximizada, isto significa pensar na conjugação de materiais (se tiver de ser constituída por mais do que um material), na cor, nas tintas de impressão, na forma da mesma (não só para a triagem, mas também para a capacidade de esvaziamento do produto no interior), nos acabamentos de superfície, rótulos, tampas ou fechos, etc. Não são princípios difíceis de cumprir, mas devem ser respeitados, a Sociedade Ponto Verde tem o projeto Ponto Verde LAB, que ajuda exatamente nestas temáticas trazendo conhecimento e informação para desenho e produção de uma melhor embalagem.

2. Quando uma embalagem é produzida com materiais mais sustentáveis, o processo de reciclagem torna-se mais eficiente? De que modo?

Uma embalagem produzida com materiais mais sustentáveis, à partida, já poderá comportar uma pegada carbónica menor na fase de pós-consumo. No entanto, é necessário garantir adicionalmente que o processo de reciclagem seja mais eficiente, o que vai depender sempre da adoção que for feita dos princípios de design for recycling na fase de design e conceção da embalagem.

3. Quais são as vantagens de não só conseguir reciclar completamente uma embalagem, como fazê-lo de forma mais eficiente?

A pegada carbónica da embalagem (que comporta a sua reciclagem) é minimizada com vantagem para todo o ciclo de vida. Isto significa a obtenção de mais matéria-prima reciclada por cada embalagem reciclada o que permite introduzir mais materiais reciclados na economia, ajudando a diminuir a dependência de consumo de matérias-primas virgens, promovendo assim a Economia Circular e a valorização dos materiais.