O coordenador da task force para a vacinação contra a covid-19, Gouveia e Melo, disse este sábado que, no dia 8 de agosto, 70% da população terá pelo menos uma dose da vacina.

“Se tudo correr bem, se as vacinas chegarem, tivermos as vacinas que pensamos ter disponibilizadas, no dia 8 de agosto teremos 70% da população com pelo menos uma dose”, afirmou o vice-almirante Gouveia e Melo, em Leiria, onde foi o orador convidado da sessão solene do Dia do Município.

Questionado sobre se, nessa data, é atingida a imunidade de grupo, o responsável notou que esta questão é uma discussão ainda científica.

“Neste momento, não se sabe neste vírus se a pessoa que está imunizada pode ou não ser transportadora do vírus. Se não for transportadora do vírus, significa que atingimos a imunidade de grupo e o vírus começa a morrer na comunidade”, explicou.

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O vice-almirante referiu a este propósito que “os primeiros dados vêm de Israel, que já tem uma grande população imunizada“, classificando serem elementos animadores, “no sentido em que, realmente, uma pessoa imunizada e protegida não é um transportador do vírus”.

Contudo, o coordenador salientou que “isso ainda não está 100% confirmado”.

“Mas, mesmo não estando confirmado, trabalhando na incerteza, o nosso primeiro objetivo é atingir essa percentagem [70% da população vacinada com a primeira dose em 08 de agosto]” e, “logo a seguir, ir aos 90% da população”, continuou.

Reiterando que o país tem capacidade de vacinar 100 mil pessoas por dia, Gouveia e Melo salientou que essa meta é em seis horas, mas, se for aumentado o horário, a capacidade vai ser aumentada.

“O que é que vai acontecer nestes meses que se vão aproximar [é que] vamos ter semanas em que temos 80 mil e outras semanas em que temos 120 mil”, referiu.

À pergunta sobre qual a taxa de recusa da vacinação contra a Covid-19 por parte da população, o vice-almirante esclareceu que o “único dado estatístico” se prende com “as recusas dos SMS” e é de “cerca de 1 a 2%“, o que considerou “muito residual”.

Gouveia e Melo acrescentou haver estudos da opinião pública segundo os quais “mais de 85% da população quer ser imediatamente vacinada”.

Sobre a quantidade de vacinas que deverão chegar a Portugal para atingir a meta traçada para 8 de agosto, o coordenador da task force declarou estar previsto que “as vacinas contratadas e que, em princípio, estão acordadas chegar, são suficientes para atingir esse objetivo”.

“Mas já fomos defraudados antes e, portanto, eu nunca quero garantir nada escrito na pedra, porque é uma variável exógena, não depende do país”, adiantou.