Rui Pereira, presidente da Mesa da Assembleia Geral do Benfica eleito no último sufrágio no final de outubro, apresentou a demissão do cargo por divergências com o líder dos encarnados, Luís Filipe Vieira.
A informação foi primeiro avançada pelo Correio da Manhã, grupo onde Rui Pereira é comentador mas no âmbito de temas ligados com Justiça, e é explicada por discordâncias sobre a reunião magna extraordinária pedida por um grupo de associados do clube. A carta de demissão do líder da AG foi entretanto tornada pública.
“Nos termos do nº 1 do artigo 45º dos Estatutos do Sport Lisboa e Benfica, venho apresentar a renúncia ao cargo de Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sport Lisboa e Benfica, solicitando que se proceda à minha substituição imediata, ao abrigo do nº 2 do mesmo artigo. Faço-o por entender que o artigo 55º, números 3 e 4, me impõe o dever de convocar a reunião extraordinária da Assembleia Geral requerida por um conjunto de 334 sócios, que cumprem as disposições estatutárias previstas para o efeito e representam 11.060 votos”, refere.
“No exercício do honroso cargo que ocupei desde o dia 29 de outubro de 2020, sempre assumi ser meu dever defender o superior interesse do Benfica e os direitos dos associados, cumprir os estatutos, garantir a solidariedade dos corpos sociais e respeitar a palavra dada. Por verificar que não conto com o necessário apoio dos corpos sociais, e em particular do Presidente e da Direção, para a convocação da reunião extraordinária da Assembleia Geral, concluo que deixei de reunir essas condições, que considero cumulativas e imprescindíveis”, concluiu Rui Pereira, que antes tinha liderado também a Assembleia Geral da Benfica SAD.
De recordar que, há pouco mais de um ano, Luís Nazaré, então presidente da Mesa da Assembleia Geral, também tinha apresentado a demissão em discordância com o modelo de organização de uma reunião magna do clube. Rui Pereira será substituído no cargo por António Pires Andrade, até hoje vice-presidente do órgão.